ATA DA OCTOGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM
01-10-1999.
Ao primeiro dia do mês de
outubro do ano de mil novecentos e noventa e nove reuniu-se, no Plenário Otávio
Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove
horas e quinze minutos foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos
Vereadores Antônio Losada, Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Cyro Martini, Gilberto Batista, João Dib, Juarez Pinheiro, Maristela
Maffei, Nereu D'Ávila, Reginaldo Pujol e Renato Guimarães. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Décio Schauren, Eliseu
Sabino, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Hélio Corbellini,
Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João Motta, José Valdir,
Lauro Hagemann, Luiz Braz, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Saraí Soares, Sônia
Santos e Tereza Franco. Constatada a existência de "quorum", o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos
de cópias das Atas da Septuagésima Sexta Sessão Ordinária e da Vigésima Quinta
Sessão Solene, que foram aprovadas. À MESA foram encaminhados: pelo Executivo
Municipal, os Projetos de Lei do Executivo nºs 30, 31, 32, 33 e 34/99
(Processos nºs 3135, 3136, 3137, 3138 e 3139/99, respectivamente) e o Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 03/99 (Processo nº 3131/99); pelo Vereador
Carlos Alberto Garcia, 02 Pedidos de Providências; pelo Vereador Elói Guimarães,
o Projeto de Lei do Legislativo nº 169/99 (Processo nº 3018/99); pelo Vereador
João Dib, o Pedido de Informações nº 136/99 (Processo nº 3090/99). Ainda, foi
apregoado Requerimento do Vereador João Motta, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do Legislativo nº 10/93
(Processo nº 507/93). Do EXPEDIENTE constou o Ofício 599/99, do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença
de funcionários do Grupo Hospitalar Conceição e concedeu a palavra, em TRIBUNA
POPULAR, ao Senhor Nadir Flores da Rocha, Diretor da Associação dos Servidores
do Grupo Hospitalar Conceição - ASERGHC, que discorreu sobre as dificuldades
enfrentadas por trabalhadores desse Grupo no sentido de terem garantidas sua
permanência no emprego e a percepção de direitos trabalhistas, solicitando o
acompanhamento deste Legislativo em relação às negociações mantidas pela
Entidade que representa com o Grupo Hospitalar Conceição. Na oportunidade, nos
termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Cláudio Sebenelo, Reginaldo
Pujol, Clênia Maranhão, Sônia Santos, João Dib, Carlos Alberto Garcia e Juarez
Pinheiro manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular.
Também, o Vereador Juarez Pinheiro, na presidência dos trabalhos, registrou o
transcurso, no dia de hoje, do aniversário do Vereador Reginaldo Pujol. Ainda,
constatada a existência de "quorum", foi aprovado Requerimento do
Vereador Adeli Sell, solicitando Licença para Tratar de Interesses
Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na
vereança o Suplente Giovani Gregol, informando que Sua Excelência integrará a
Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul. Na ocasião, a
Vereadora Tereza Franco registrou o transcurso, no dia de hoje, do Dia do
Vereador. Às nove horas e cinqüenta e sete minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às nove horas e cinqüenta e oito
minutos, constatada a existência de “quorum”. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador João Dib saudou os cento e quatro anos de fundação do Jornal Correio
do Povo, historiando a vida pessoal e profissional do seu fundador, jornalista
Breno Caldas, e comunicando ter encaminhado Pedido de Providências ao Executivo
Municipal, solicitando seja erigido um busto em homenagem a Sua Senhoria na
Esplanada Correio do Povo. O Vereador Luiz Braz manifestou-se contrariamente ao
reajuste promovido nas tarifas do transporte coletivo urbano de Porto Alegre.
Também, discorreu sobre a situação enfrentada por funcionários da Fundação
Estadual do Bem Estar do Menor - FEBEM que foram afastados do exercício de suas
funções por determinação do Governo Estadual. Na ocasião, o Vereador Pedro
Américo Leal informou ter encaminhado ao Congresso Nacional estudo realizado
por Sua Excelência, relativo ao artigo 104 do Estatuto da Criança e do
Adolescente, e o Senhor Presidente registrou a presença dos Vereadores Luizinho
e Lauri Juliani, da Câmara Municipal de Santo Ângelo/RS, e José Evaristo Heck, da
Câmara Municipal de Joinville/SC. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Lauro
Hagemann saudou o Jornal Correio do Povo pelo transcurso dos seus cento e
quatro anos de fundação. Cumprimentou o Vereador Reginaldo Pujol pelo
aniversário de Sua Excelência e registrou a realização, nas dependências deste
Legislativo, do XI Congresso Estadual de Servidores de Câmaras Municipais do
Rio Grande do Sul. O Vereador Nereu D’Ávila, ao referir-se a notícias
divulgadas hoje na imprensa, teceu críticas ao Executivo Municipal por
implantar frentes de trabalho em Porto Alegre desconsiderando Projeto de Lei de
autoria de Sua Excelência e aprovado pela Casa, o qual versava sobre o mesmo
assunto, afirmando ter havido falta de ética por parte do Executivo Municipal
em relação ao tema. O Vereador Antonio Hohlfeldt cumprimentou o Jornal Correio
do Povo pelos seus cento e quatro anos de existência. Também, criticou atitudes
tomadas pela Secretaria Municipal da Cultura com referência à organização de
evento intitulado “Artistas da Vida”, declarando estar o Executivo Municipal
promovendo arbitrariedades na condução das questões culturais da Cidade. Na
oportunidade, o Vereador Nereu D’Ávila, na presidência dos trabalhos, congratulou
o Vereador Reginaldo Pujol pelo transcurso do aniversário de Sua Excelência. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Clênia Maranhão manifestou-se em saudação ao
transcurso, no dia de hoje, dos aniversários do Jornal Correio do Povo e do
Vereador Reginaldo Pujol e registrou a passagem do Dia do Vereador. Ainda, teceu
considerações a respeito dos problemas enfrentados pela Fundação Estadual do
Bem Estar do Menor – FEBEM. O Vereador Hélio Corbellini parabenizou o Vereador
Reginaldo Pujol, pela passagem do aniversário de Sua Excelência, e o Jornal
Correio do Povo, pelos seus cento e quatro anos de fundação. Também, discorreu
sobre as dificuldades enfrentadas pelos funcionários da Fundação Estadual do
Bem Estar do Menor – FEBEM, defendendo a aplicação plena do Estatuto da Criança
e do Adolescente. Na ocasião, o Vereador João Dib manifestou-se a respeito de
solenidade realizada no dia trinta de setembro do corrente, quando o Senhor
Prefeito Municipal procedeu à entrega, a este Legislativo, de Projeto de Lei
que estabelece as diretrizes orçamentárias do Município para o ano dois mil. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Guilherme Barbosa comentou a iniciativa do
Executivo Municipal em implantar frentes de trabalho em Porto Alegre. Ainda,
externou sua preocupação com os problemas da Fundação Estadual do Bem Estar do
Menor – FEBEM, analisando a atuação da Brigada Militar na realização da
segurança dos estabelecimentos vinculados a essa Entidade. O Vereador Reginaldo
Pujol agradeceu as manifestações dos Senhores Vereadores, de registro do
aniversário de Sua Excelência. Questionou a implantação, pelo Executivo
Municipal, de programa que cria frentes de trabalho em Porto Alegre e defendeu
uma participação mais efetiva deste Legislativo no acompanhamento dos problemas
da Fundação Estadual do Bem Estar do Menor – FEBEM. A seguir, constatada a
existência de “quorum”, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador
Nereu D’Ávila, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão,
e o Senhor Presidente, face Questões de Ordem e manifestações dos Vereadores
Juarez Pinheiro, Antonio Hohlfeldt, Guilherme Barbosa, João Dib e Clênia
Maranhão, prestou esclarecimentos sobre o andamento dos trabalhos da presente
Sessão. Também, foi registrada a presença do Vereador Armindo Fiorim Zenkener,
da Câmara Municipal de Santo Ângelo/RS. A seguir, constatada a existência de
"quorum", foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Executivo nº 09/99, considerando-se
aceito o Veto Parcial a ele aposto, por treze votos SIM e doze votos NÃO, após
ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Dib, Carlos Alberto Garcia e
Juarez Pinheiro, tendo votado Sim os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Carlos
Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Fernando Záchia, Isaac
Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, Luiz Braz, Paulo Brum, Pedro Américo
Leal, Sônia Santos e Tereza Franco e Não os Vereadores Antônio Losada, Décio
Schauren, João Bosco Vaz, Lauro Hagemann, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá,
João Motta, Juarez Pinheiro, Maristela Maffei, Renato Guimarães, Saraí Soares e
Giovani Gregol. Após, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Guilherme
Barbosa, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 97/99, por vinte e seis votos SIM, após ser discutido
pelo Vereador Juarez Pinheiro, tendo votado os Vereadores Antonio Hohlfeldt,
Antônio Losada, Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Cyro Martini, Décio
Schauren, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Hélio Corbellini,
Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, Juarez
Pinheiro, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maristela Maffei, Paulo Brum, Pedro
Américo Leal, Reginaldo Pujol, Saraí Soares, Sônia Santos, Tereza Franco e
Giovani Gregol. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor
Selvino Heck. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução
nº 20/99, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt e
Reginaldo Pujol. Na ocasião, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre
as normas regimentais atinentes ao encaminhamento à votação de matérias em
apreciação durante a Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Resolução nº 29/99. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Resolução nº 41/98, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores
Carlos Alberto Garcia e Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foram
aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nºs 135/97 e 154/98. Em Discussão
Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 46/99 e a
Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de Lei do Executivo nº 07/99. Na ocasião, o Vereador Cyro Martini
manifestou-se, através de Questão de Ordem, acerca da ordem de apreciação dos
Projetos constantes na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foram
aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nºs 158/98 e 90/99. A seguir, foi
aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Juarez Pinheiro,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia, tendo o Vereador Guilherme Barbosa manifestado-se a respeito. Foi aprovado
o Requerimento nº 186/99 (Processo nº 2670/99 - Sessão Solene destinada a
homenagear a Igreja Evangélica Assembléia de Deus pelos seus setenta e cinco
anos em Porto Alegre e noventa anos no Brasil), de autoria da Mesa Diretora.
Foi aprovado o Requerimento nº 212/99 (Processo nº 3124/99 - Período de
Comunicações destinado a registrar o transcurso do décimo aniversário da
Associação Nova Azenha), de autoria do Vereador Nereu D’Ávila. Após, foi
aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Guilherme Barbosa,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica
nº 03/99. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº
26/99. Na ocasião, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Luiz
Braz, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº
41/99. Após, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador João Carlos Nedel,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica
nº 02/99. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei
do Legislativo nº 67/99, tendo o Senhor Presidente declarado nula esta votação,
esclarecendo que a matéria em tela exigia votação nominal, nos termos do artigo
174, II, do Regimento, tendo o Vereador João Dib manifestado-se a respeito. Às
doze horas e dezessete minutos, constatada a inexistência de "quorum"
deliberativo, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando
os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Nereu D'Ávila,
Juarez Pinheiro, Paulo Brum e Isaac Ainhorn e secretariados pelos Vereadores
Isaac Ainhorn, Eliseu Sabino e Juarez Pinheiro, este como Secretário “ad hoc”.
Do que eu, Isaac Ainhorn, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente
Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo
Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Nereu D'Ávila): Saudamos os visitantes desta manhã, os
servidores do Grupo Hospitalar Conceição que vieram acompanhar a manifestação
da sua Associação, através do Sr. Nadir Flores da Rocha.
Passamos
à
O
Sr. Nadir Flores da Rocha, representando a Associação dos Servidores do Grupo
Hospitalar Conceição - ASERGHC - está com a palavra pelo tempo regimental de 10
minutos.
O SR. NADIR FLORES DA ROCHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, essa
solicitação para usar a Tribuna Popular é para um manifesto em defesa do Grupo
Hospitalar Conceição, como Instituição pública, e em defesa do usuário desse
Grupo.
Quero
afirmar que a nossa mobilização não é político-partidária, é em defesa dessa
Instituição, porque, ultimamente, na esfera nacional, estadual e municipal não
temos sentido nada de positivo para a esfera da Saúde.
A
minha solicitação para estar presente, neste momento, é porque o Grupo
Hospitalar Conceição está passando por um momento difícil, principalmente, com
seus servidores.
Não
preciso falar sobre o apedido que foi publicado na Zero Hora, onde nove
Sindicatos se posicionaram, todos representando os trabalhadores da área da
Saúde; e uma carta aberta, onde nos colocamos para a população e para os
usuários do Grupo Hospitalar Conceição.
Na
realidade, há muito tempo nós estamos com problemas na instituição. Tivemos o
problema dos mil e trezentos funcionários e a possibilidade do afastamento
desses servidores, quando, através de uma ação judicial, nós conseguimos
impedir a demissão dos funcionários. Agora, nós estamos com um problema, porque
retiraram os nossos direitos de muitos anos na empresa, ou seja, direitos
adquiridos há mais de quatorze anos. Esses direitos nos davam, com relação à
parte sindical, estabilidade por aposentadoria, estabilidade por HIV e, também,
a manutenção dos nossos anuênios.
A
nossa preocupação, também, é no sentido de nós ampliarmos o atendimento à
comunidade. E, nesse sentido, esta carta aberta significa que nós precisamos,
no mínimo, de quatrocentos novos funcionários, precisamos que cortem o RPA,
precisamos, também, por exemplo, porque foi tirado o teste do pezinho.
Nós
entendemos que, como é uma instituição pública, que o dinheiro é público, não
precisamos reduzir o atendimento do Hospital Conceição. Nós temos que ampliar o
atendimento e dar condições para os usuários que diariamente estão lá, que são
as pessoas que têm o menor poder aquisitivo.
Essa
defesa dos funcionários, essa mobilização inicia quando, provavelmente, nós não
tenhamos, dos veículos competentes, jornais, rádios, muita defesa da classe dos
políticos do Estado do Rio Grande do Sul. Recentemente, nós estivemos em
Brasília, onde reunimos todos os Deputados Federais gaúchos e solicitamos que
formassem uma comissão para nos ajudar, no Grupo Hospitalar Conceição.
Também
sei que é difícil chegar na Câmara de Vereadores e fazer algumas colocações,
como servidor, porque, na verdade, nós estamos colocando o nosso cargo à
disposição, no momento em que nós fazemos uma mobilização em defesa da
instituição e em defesa dos servidores. Sabemos, também, que toda a
mobilização, infelizmente, ultimamente, é levada muitas vezes para o lado
político.
Recentemente,
nós fizemos uma passeata na Protásio Alves, onde todos os trabalhadores,
independente dos partidos políticos, estavam nesta passeata e fomos
considerados anarquistas. Eu quero saber se é anarquista quem defende uma
instituição, como o Grupo Hospitalar Conceição, composto por quatro hospitais,
três postos comunitários que fazem mais de seis mil atendimentos por mês. E se
realmente temos problemas na saúde pública - como é a instituição -, eu
gostaria que vocês imaginassem como é nos hospitais particulares, onde as pessoas
ficam três, quatro dias na fila, não conseguem consulta, e os funcionários
desses hospitais muitas vezes nem recebem seus salários no final do mês.
Estou
aqui fazendo um alerta e solicitando a ajuda dos Vereadores, independente de
partido político. Não estou aqui para fazer campanha de partido político algum.
Estou solicitando a ajuda de V. Exas. no sentido de que pelo menos solicitem,
junto ao Grupo Hospitalar Conceição, algumas informações e nos ajudem, por
exemplo, na possibilidade de contratar novos funcionários, na possibilidade de
trazer de volta algumas coisas que eram feitas no Grupo Hospitalar Conceição e
que foram retiradas, principalmente nos ajudem a inaugurar as UTIs, que estão
praticamente prontas, esse é o nosso dever.
Ninguém,
no Grupo Hospitalar Conceição, é atendido de graça; todos pagam com seus
impostos daquilo que comem, daquilo que vestem, daquilo que bebem. Sinto muito
se algum dos Srs. Vereadores está pensando que estou fazendo campanha
político-partidária aqui.
Tenho
vinte e sete anos de Grupo Hospitalar Conceição, e o nosso manifesto só chegou
ao ponto em que está hoje porque estamos há cinco meses esperando uma
negociação com a Direção, que até hoje não conseguimos. Sou funcionário desde a
época do Sr. Jair Boeira, e, desde a época da ditadura, todos os problemas que
tínhamos no Grupo Hospitalar Conceição eram resolvidos junto à Direção, de uma
maneira democrática, dialogando à mesa. E se chegou ao tipo de comunicação de
hoje, desse apedido, dessa carta, é porque provavelmente não estejamos
conseguindo satisfazer os nossos usuários, porque podemos ampliar o
atendimento, e os nossos servidores estão perdendo seus direitos trabalhistas.
Também
não julgo aqui se a Direção é culpada direta ou não, e se existe realmente uma
proibição do Tribunal de Contas - entendemos que o Tribunal de Contas é um
órgão fiscalizador e não um órgão de decisão - tem de ser contestada, e V.
Exas. podem-nos ajudar nisso, como Vereadores; podem-nos ajudar a fazer essa
proteção a esse grupo maravilhoso, que é o Grupo Hospitalar Conceição.
Por
outro lado, toda essa mobilização que fazemos - nós, funcionários que não temos
cargos lá dentro -, corremos o risco de perder o emprego; já existem punições a
alguns servidores e já existem processos para outros servidores. Se não
conseguirmos uma maneira de trabalhar em um órgão público e representar uma
instituição, uma associação, um sindicato e não colocarmos as coisas que
realmente acontecem na Instituição e não ajudar, não é o caso, porque nós não
estamos aqui para denegrir a imagem da Instituição, nós precisamos dela, porque
nós trabalhamos e sobrevivemos através dela, mas nós queremos dar um sinal de
alerta com esta colocação.
Nós
queremos ajuda, por que nós não podemos inaugurar as UTIs, por que não podemos
contratar as pessoas, por que nós temos que contratar pessoas por RPA, por que
nós temos que colocar muitos estagiários? É esse tipo de ajuda que nós
necessitamos. E essas mobilizações que fazemos, realmente, são para mostrar
algumas deficiências que nós temos na empresa. Se é proibido pelo Governo
Federal ou proibido pelo Tribunal de Contas, sei lá quem seja, nós todos
estamos solicitando que os Senhores também façam a intermediação dessa
negociação. Esse tipo de mobilização dessa maneira é ruim para todos, é ruim
para nós como servidores e principalmente é ruim para a Instituição, que
realmente é considerada uma das maiores da América Latina. Gostaria que os
Senhores Vereadores realmente pensassem nesse ponto dessa colocação, e tenho
certeza que nós temos companheiros aqui do Grupo Conceição que conhecem muito
bem a Instituição.
Sinto
muito se realmente levarem por esse sentido de que a gente esteja fazendo
mobilização para agradar fulanos, beltranos ou sicranos, porque nós não estamos
fazendo isto. Nós realmente queremos uma ajuda no sentido de que essa
Instituição dê mais, amplie o seu atendimento e faça com que o servidor se
sinta bem nela. Por que não há nenhuma empresa que, no momento em que o
servidor não se sinta satisfeito, consiga evoluir, consiga produzir, ou consiga
atender o seu objetivo. E nós do Grupo Conceição respeitamos todas as funções
dos trabalhadores, mas nós não trabalhamos com pedra, com aço, com ferro, nós
trabalhamos com seres humanos.
Se
alguém chegar aqui nesta Tribuna, disser as coisas e alertar, e for considerado
que há algo demagógico, eu sinto muito e posso afirmar para os Senhores que
realmente existiria um equívoco muito grande, se o Senhores Vereadores levassem
este momento por esse lado. E é assim que se fazem as coisas, e estou aqui não
só como funcionário, mas estou aqui porque fui eleito pelos funcionários do
Grupo Hospitalar Conceição para ser Diretor de uma Instituição que tem quatro
mil e quatrocentos associados, e que descontam dos seus salários para manterem
essa Instituição.
Independentemente
de Partido nós precisamos da ajuda de vocês, e é uma forma democrática, sem
radicalismo. Muito obrigado a todos vocês.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Convidamos o Sr. Presidente da ASERGHC,
Sr. Nadir Flores da Rocha para compor a Mesa Diretora dos trabalhos. Nós
consultamos neste momento as diversas Bancadas quanto à utilização do tempo
regimental do art. 206. Com a palavra o Ver. Cláudio Sebenelo.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Eu
gostaria de falar sobre um assunto que me é muito caro e difícil. A minha
vontade maior é de intermediação entre o grupo de pessoas ao qual eu pertenço,
como funcionário há 35 anos da Instituição, pessoas que, além de serem
dirigentes, contam com a minha amizade e com o meu respeito, os funcionários
que estão presentes e que representam a Instituição. Eu conclamo, peço e apelo
que não radicalizem, porque, muitas vezes, se necessário, volta-se atrás em
afirmações que não são verdadeiras, em afirmações que implicam pessoas
diretamente: evitem personalizar; no debate, façam um compromisso com a
verdade.
Desgraçadamente,
eu não tenho tempo, pelo Regimento da Casa, de contestar alguns itens da carta
aberta, os quais não foram felizes ou na sua redação ou no seu conteúdo. Eu
assumo o compromisso público de tentar, de todas as maneiras, intermediar esse
tipo de situação para que o Grupo Hospitalar Conceição não pare, o Hospital que
é um patrimônio da Cidade, é um patrimônio do Estado, é um patrimônio que vai
além das fronteiras do Estado e, mais do que isso, é um Hospital que, dentro do
possível, tem tido uma das melhores relações patrão-empregado.
O
patrão não existe como função de lucro, isso é fundamental, eu quero que isso
apareça e peço veementemente. Ponho-me incondicionalmente à disposição da
direção do Grupo Hospitalar e dos funcionários no sentido de intermediar esse
tipo de situação, para que, dentro de muito pouco tempo, estejamos todos
trabalhando contentes e felizes na maior instituição do gênero na América
Latina. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Consultamos as demais Bancadas se querem
utilizar o tempo de dois minutos?
Embora
estejamos acompanhando a luta dos trabalhadores, quero, paralelamente, neste
momento, dizer que estamos muito felizes, hoje, tendo em vista que o Ver.
Reginaldo Pujol, Líder da Bancada do PFL, está completando 60 anos. O
Presidente Nereu D’Ávila prestará, depois, as homenagens de praxe.
O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, em nome da Bancada do PFL, para se
manifestar a respeito da Tribuna Popular, de hoje.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores;
dirigentes das Associações dos Servidores do Hospital Nossa Senhora da
Conceição, que hoje ocupam a Tribuna Popular, quero falar, antes de mais nada,
e somar meu pronunciamento ao que foi dito pelo Ver. Cláudio Sebenelo, no que
diz respeito ao Grupo Hospitalar Conceição, cuja importância no contexto do
atendimento da Saúde Pública no Município de Porto Alegre é inquestionável. Em
verdade, não é a primeira vez que recebemos aqui os servidores e não é a
primeira vez que agasalhamos aqui os seus reclames, dentro do objetivo claro
desta Tribuna Popular, que é abrir espaço para a manifestação da nossa
comunidade. Sou absolutamente convencido da necessidade que temos de, não só
ouvirmos os reclamos dos servidores como, também, nos apropriarmos dos seus
fundamentos para, com o equilíbrio necessário, buscarmos contribuir para a
solução dessa questão.
A
forte polêmica que se estabelece hoje com a decisão do Tribunal de Contas da
União, vedando a possibilidade de renovação - o que há mais de 5 anos,
acredito, vem sendo feito -, em negociação interna, que representa pontos
positivos para a categoria, é um assunto que, pela sua repercussão, não pode
deixar de interessar ao Legislativo de Porto Alegre, até porque estamos
convencidos de que qualquer problema que venha atingir o GHC repercute em toda
a Cidade de Porto Alegre. Como representantes do povo não podemos permitir, por
omissão, que tais situações possam ser criadas sem que, ao menos, busquemos
evitá-las através do nosso esforço e da nossa mediação.
Ninguém
desconhece os meus vínculos de ordem pessoal com a Direção do Grupo Hospitalar
Conceição, especialmente com a direção médica, a mais diretamente atingida por
essa circunstância. Ninguém desconhece a existência de uma situação permanente
de conflito entre as tentativas de negociação e de solução internamente e as
deliberações do Tribunal de Contas da União, que tenho questionado ao longo do
tempo. Mas, diante dessa realidade, não cabe discutir qual dos pratos da
balança pesa mais na discussão sobre a razão neste momento. A instituição é
maior do que tudo isso e estou à disposição dos servidores para não tentar
mediar, mas para tentar auxiliar no sentido de que a solução final seja a
melhor para os servidores, para o Hospital e, sobretudo, para a Cidade de Porto
Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Vera. Clênia Maranhão tem dois minutos
para se manifestar acerca do assunto abordado na Tribuna Popular.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras. Quero saudar o Presidente da Associação dos Servidores do Grupo
Hospitalar Conceição, Sr. Nadir Flores da Rocha; os funcionários do Grupo
Hospitalar Conceição que aqui se encontram; também quero registrar a presença
de alguns representantes da FEBEM, que nos procuraram essa manhã.
É
sempre muito importante quando, através da Tribuna Popular, acompanhamos as
questões polêmicas, importantes, que acontecem na nossa Cidade. Evidentemente,
uma questão que envolve o Grupo Hospitalar Conceição acaba sempre tendo uma
repercussão nesta Casa, porque sempre temos acompanhado os trabalhos dessa
Instituição, inclusive, em outros momentos, temos tido a oportunidade de
receber aqui a direção do Hospital, os representantes dos trabalhadores e,
através desses contatos, inclusive de várias visitas que temos feito com a
Comissão da Saúde nos últimos anos, e até recentemente, sob a Presidência da Vera.
Sônia Santos, temos uma relação e um conhecimento da situação do Conceição,
talvez, bem superior em relação a outras instituições do nosso Estado e da
nossa Cidade. Não poderia ser diferente, porque todos sabemos a importância que
tem essa questão da Saúde para a população. Todos conhecemos a importância que
tem a atuação do Grupo Hospitalar Conceição, no que se refere ao atendimento da
Saúde no Município de Porto Alegre, fundamentalmente, atendimento esse que
também se estende ao interior do Estado.
Acho
justo que os funcionários reivindiquem as suas questões, embora discordemos dos
métodos que foram utilizados, através da imprensa. Mas eu queria desejar à
Direção do Grupo Hospitalar Conceição e a todos os funcionários que aqui estão
presentes, representados pelo Sr. Presidente, sucesso nas negociações da
reunião que já está prevista para a próxima terça-feira, entre a Direção do
Hospital e os representantes dos trabalhadores, e o fim do impasse que por
acaso esteja existindo lá.
Para
concluir, queria dizer, ainda, que tenho a informação de que o Presidente do
Grupo Hospitalar Conceição, Dr. Rogério Pires, se coloca à disposição desta
Casa para vir dar todos os esclarecimentos. Acho que isso é importante, através
da Comissão de Saúde, porque teríamos a oportunidade de ter uma visão dos dois
lado da questão e isso nos daria a oportunidade de uma conclusão mais imparcial
do problema. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Obrigado, Vereadora. Vamos colocar em
votação Requerimento do Ver. Adeli Sell que solicita Licença para Tratar de
Interesses Particulares no dia de hoje.
(Obs.:
Foi aprovado o Requerimento de licença do Ver. Adeli Sell e dada posse ao
Suplente, conforme consta na Ata.)
A
Vera. Sônia Santos está com a palavra.
A SRA. SÔNIA SANTOS: Sr. Presidente, caro Sr. Nadir Flores da
Rocha, esta Vereadora, como. integrante da Bancada do PTB, mas, sobretudo, como
Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que sempre tem-se mantido
atenta a essas situações, como bem falou a Vereadora Clênia Maranhão, que faz
parte da COSMAM, essa Comissão tem acompanhado durante muito tempo o trabalho
do Grupo Hospitalar Conceição, tem sido sensível aos apelos tanto de
funcionários quanto da direção e tem-se colocado à disposição, como se colocará
mais uma vez. Para tanto, a fala da Vereadora Clênia Maranhão serve como
encaminhamento para que a direção do Grupo traga à Comissão os seus
esclarecimentos.
Nós
temos acompanhado ao longo de muitos anos o trabalho desse Grupo, inclusive
como usuária do sistema, e entendemos que alguns pontos da carta aberta
poderiam ser melhor esclarecidos. Da forma como os fundamentos foram colocados
nessa carta aberta, surgem algumas dúvidas, de uma forma muito especial com
relação ao envenenamento dos 130 funcionários, como se a culpa fosse do Grupo.
Na reunião da Comissão de Saúde em que recebemos funcionários e a direção do
Grupo, o incidente ficou bem esclarecido para todos nós e, acredito, para a
população em geral.
Na
questão de contratação de funcionários e tantos outros pontos, é sabido que são
decisões que vêm da União. Uma das coisas que nós entendemos muito importante é
a questão das filas intermináveis. Isso não é um problema do Grupo Hospitalar
Conceição, é um problema do sistema de saúde em todo o nosso País.
Temos
certeza de que na reunião de terça-feira vai terminar esse impasse e que o
trabalho do Grupo Hospitalar Conceição em todos os seus hospitais vai continuar
sendo bem-visto. Eu penso que vai haver uma retomada de cada um dos pontos
levantados - que chegaram ao conhecimento da população causando uma
intranqüilidade -, fazendo com que as pessoas não duvidem jamais do serviço
prestado pelo Grupo Hospitalar Conceição, pelo seu corpo de funcionários, seus
médicos e sua direção. A Comissão de Saúde se coloca à disposição da direção e
dos funcionários para abordarmos esses temas mais de perto. Muito obrigada
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O Vereador João Dib está com a palavra
pelo tempo regimental do art. 206.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, meu caro
Nadir Flores da Rocha, a minha Bancada ouviu com muita atenção o seu
pronunciamento, fará uma análise criteriosa, sem dúvida nenhuma, e depois dará
o seu posicionamento.
Eu
havia dito, no momento em que o Presidente elogiava a Tribuna Popular como uma
conquista do povo de Porto Alegre - e, na realidade, o é - , que se fizesse
também a Tribuna Popular na frente da Prefeitura - e isso, até hoje, não
aconteceu nenhuma vez -, e o Presidente disse que não estava regulamentado.
Então, eu vou ter de ofertar a V. Sa. o Decreto nº 9810 que regulamenta a
Tribuna Popular, que nunca foi usada, na frente da Prefeitura Municipal, na
Praça Montevidéu, em quintas-feiras alternadas no horário das 12h às 13h30min e
das 18h às 20h.
Eu
acho que seria oportuno e importante que essa Tribuna começasse a ser usada
pelo povo junto aos ouvidos do Sr. Prefeito Municipal. Seria muito mais fácil
resolver muitos dos problemas que são trazidos à Tribuna Popular na Casa do
Povo de Porto Alegre.
Evidentemente,
a minha Bancada, que tem como integrante na Comissão de Saúde o Ver. Pedro
Américo Leal, estudará com bastante carinho o pronunciamento de V. Sa. Saúde a
paz.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a
palavra pela Bancada do PSB.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, prezado
Sr. Nadir Flores da Rocha, Presidente da Associação dos Servidores do Grupo
Hospitalar Conceição e demais funcionários, a Bancada do Partido Socialista
Brasileiro teve a oportunidade de ouvir atentamente o pronunciamento e, como
não é a primeira vez que já tiveram a oportunidade de ocupar essa Tribuna,
queremos, novamente, manifestar o nosso apoio e solidariedade para tentar,
juntamente com as demais Bancadas aqui presentes, auxiliar nesse processo de
intermediação.
O
documento que foi aqui distribuído será lido e discutido pela Bancada para
posterior pronunciamento.
Queremos
ressaltar que a população, não só de Porto Alegre como do Rio Grande do Sul,
conhece a alta qualificação de todo o corpo de funcionários e direção desse
estabelecimento. Portanto, somos solidários a essa promoção. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra
pela Bancada do PT.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.
Presidente da ASERGHC e demais presentes, quero, preliminarmente, dizer que
vários Vereadores da minha Bancada gostariam, neste momento, de estar
utilizando a palavra, aliás, todos, com ênfase daqueles que trabalham na área
da Saúde, como o Ver. João Motta, que já se encontra aqui por três
Legislaturas, essa é a terceira vez que é reeleito e também o Ver. Renato
Guimarães, o Ver. Antônio Losada, enfim, todos os membros da nossa Bancada.
Nós
não podemos, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, tratar desse tema de forma
descontextualizada, nós vivemos hoje num modelo econômico e social que tem por
objetivo tirar o direito dos trabalhadores e também temos que contextualizar
esta discussão dentro de uma lógica do Governo Federal de privatização da Saúde
em nível nacional. Nós temos um problema, hoje, absolutamente evidente, que
atinge principalmente os hospitais do interior, que é o baixo valor das AIHs e
o baixo valor do pagamento dos atendimentos ambulatoriais, o que faz com que
essas instituições do interior se utilizem das ambulâncias para trazer aqui os
seus pacientes para o Grupo Hospitalar Conceição, Hospital de Clínicas, e Santa
Casa.
Quero
dizer que eu tenho sido um crítico contumaz da Direção do Grupo Hospitalar
Conceição, mas que tenho também procurado, com o objetivo de estabelecer um
canal de negociação entre os trabalhadores, fazer um contato, relacionar-me com
a Direção do Grupo Hospitalar. Nesse sentido, na semana que passou, estive
conversando com o Dr. Rogério Pires.
Por
isso, faço aqui, meu caro Nadir, uma intervenção com absoluta tranqüilidade e
quero abordar aqui a questão do mérito. Hoje, estamos impossibilitados de
contratar funcionários do Grupo Hospitalar Conceição. Isso tem duas
conseqüências: em primeiro lugar, a nossa população, Ver. Cláudio Sebenelo,
está impedida em alguns serviços de receber o atendimento que merece; em
segundo lugar, nós estamos fazendo contratações por RPA, ou seja, em breve nós
teremos mais e mais ações trabalhistas.
É,
Ver. Cláudio Sebenelo, o Setor de Neurocirurgia do Hospital Cristo Redentor.
Estou citando o milagre e dizendo o santo.
Quero
citar também, Ver. Cláudio Sebenelo, para encerrar, que é preciso que esta
Câmara de Vereadores se mobilize, saindo daqui uma comissão de Vereadores para
que junto com a Direção do Grupo Hospitalar Conceição, junto com os
trabalhadores, possamos encontrar uma saída tanto para os usuários do serviço
de saúde desta Cidade, deste Estado como também para os trabalhadores.
Para
encerrar, Sr. Presidente, quero chamar atenção que é absolutamente ilegal
retirar cláusulas sociais que já vêm sendo pagas de forma habitual. Se isso se
concretizar, novas e novas ações trabalhistas, com prejuízo para o erário
público, serão feitas, porque uma gratificação, paga de forma habitual, não
pode ser retirada.
Eu
quero dizer, por fim, Vera. Clênia Maranhão, que, quando os trabalhadores usam
os jornais, isso parece causar espécie. Nós temos que usar os jornais, sim, e
temos que denunciar as ilegalidades. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): A Vera. Tereza Franco está com a palavra.
A SRA. TEREZA FRANCO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, bom-dia
a todos. Eu chamaria, aqui, as Vereadoras Sônia Santos, Clênia Maranhão e Saraí
Soares. Homenageando essas três Vereadoras, eu quero homenagear a todos os
Vereadores pelo Dia do Vereador. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Muito obrigado, Vera. Tereza Franco.
Nós
consultamos as Bancadas que ainda não utilizaram o tempo relativamente ao tema
abordado na Tribuna Popular se desejam fazê-lo. (Pausa.) Em não havendo, vamos
suspender a Sessão por um minuto.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 9h57min.)
O SR. PRESIDENTE (às 9h58min): Estão reabertos os trabalhos.
Com
a palavra o Ver. João Dib em Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Lê.)
“Os desafios de proporcionar a melhor informação neste final de século, às
portas de um novo milênio, exigem redobrada atenção por parte dos que se
propõem a fazer desse mister a razão da suas existências. Num mundo de
crescente globalização, onde só os mais bem preparados terão acesso à cidadania
plena, sabemos que a informação, pela autonomia e poder que confere a quem a
possui, é o elemento decisivo para emancipar o cidadão nas esferas privada e
estatal. É por isso que o Correio, sempre
mudando para continuar a ser o melhor, investe em novas tecnologias, amplia
instalações e estimula o aperfeiçoamento de seus profissionais. Tudo para ser
fiel a si mesmo e ao seu leitor.
O Correio do Povo, neste dia em que
completa seus 104 anos, reafirma seus princípios de isenção e de defesa dos
valores democráticos e pluralistas.
O
Correio do Povo aspira à honra de se fazer uma folha lida e apreciada por
todos, e para isso não poupará esforços nem medirá sacrifícios.
Essas
palavras, do primeiro editorial, constituem uma meta sempre presente para que o
jornal possa atingir sua vocação histórica de porta-voz de todos os rio-grandenses.”
Essa
é uma parte do editorial de hoje do Correio do Povo, que completa 104 anos. E, neste momento, a Bancada do meu
partido, constituída pelos Vereadores Pedro Américo Leal, João Carlos Nedel e
eu, leva ao Correio do Povo o nosso respeito, nosso carinho e tributa ao seu
competentíssimo Diretor-Presidente, Dr. Renato Bastos Ribeiro, as homenagens
merecidas.
Mas,
quando se fala em Correio do Povo, não se pode esquecer a figura extraordinária
de alguém que, ao longo desses 104 anos, o dirigiu durante 49 anos, também com
a mesma competência do Dr. Renato Bastos Ribeiro.
Recebi
do meu amigo, ex-deputado Jorge Uequed, um comentário que ele escreveu no
jornal O Timoneiro de Canoas, que eu lerei: “Dez anos sem Breno Caldas. Não
homenageá-lo, é uma forma de agravá-lo. O Rio Grande do Sul e sua Capital já
prestaram homenagens a muitas pessoas. Breno Caldas foi uma das figuras mais
importantes da sua época. Seu Jornal, o Correio do Povo, marcou profundamente a
história e a cultura gaúcha. Seu comportamento digno e altivo na direção do
grupo jornalístico, que dirigiu de 1935 a 1984, sempre mereceu elogios da
comunidade. ‘Ele nunca usou o poder do Correio para proveito pessoal ou para
manipular a sociedade.’, expressa o jurista Paulo Brossard. Como explicar-se,
neste mês de setembro, que marca o décimo aniversário do seu falecimento, que
não exista nenhuma homenagem a sua pessoa em nenhuma escola, biblioteca, praça,
estrada, rua ou simples passarela? Apenas o Jockei Club do Rio Grande do Sul,
de que foi um dos mantenedores, dedica-lhe uma prova clássica de corridas.
Poucos gaúchos tiveram, como ele, o poder de influência nas decisões do Estado,
mas ao longo da história não há um só registro do aproveitamento pessoal desta
situação. Guardo seu presente, a caneta com tinta verde, que deu-me na luta
pelo retorno do Jornal, em que o meu pai fora correspondente em Canoas por dez
anos, e eu ‘foca’ da Folha da Tarde. Mais tarde, com um grupo de
rio-grandenses, dirigido pelo Dr. Walter Diehl, participei da mobilização pela
volta do Correio. Essa comissão recebeu, na época, uma proposta para o
soergimento da empresa pela adesão do grupo jornalístico a uma das
pré-candidaturas à Presidência da República. Os simpatizantes do candidato
aplicariam recursos e o Jornal participaria da campanha. Dr. Breno recebeu a
sugestão, já intranqüilo pelo volume das dívidas, prometeu resposta para o dia
seguinte. No dia seguinte ele disse: não aceito, temos dificuldades imensas,
mas não vamos macular a história e o comportamento do Jornal. Todos ouviram em
silêncio a decisão e viram a lágrima rolar no rosto do velho dirigente. Não
reconhecer é uma forma de menosprezar, de não valorizar. O Dr. Breno está sendo
vítima de um ‘esquecimento’ mesquinho que não honra as tradições do Rio Grande.
O que estará por trás desse ingrato comportamento? Queira Deus que seja apenas
relaxamento, esquecimento de nossas vocações e de nossas respeitáveis
tradições.”
Na
verdade, nós já fizemos uma homenagem a Breno Caldas, fazendo uma praça no
Jardim ITU com o seu nome. Fizemos uma homenagem ao Correio do Povo, na
Esplanada Correio do Povo, onde colocamos que era uma homenagem ao Jornalista
Breno Caldas e aos seus sucessores. Mas, hoje, estamos encaminhando um Pedido
de Providências ao Executivo Municipal, para que promova uma homenagem muito
grande a Breno Caldas, fazendo um busto em granito lá na Esplanada Correio do
Povo, desta figura extraordinária do Rio Grande e no Brasil. Esse monumento,
por certo, terá a solidariedade da iniciativa privada que ajudará a Prefeitura
a cobrir os ônus dessa obra de arte que embelezará Porto Alegre. Saúde e paz.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Luiz Braz, em
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, hoje eu tinha reservado um assunto que considero extremamente
importante para Porto Alegre, que é o problema do aumento das passagens dos
ônibus. Dez dias após o PT dar aquele presente aos empresários do transporte
coletivo, dez milhões de reais, anuncia um aumento de quatorze por cento no
valor das tarifas, que deve ser um outro presente aos empresários do transporte
coletivo, ou até fazer parte daquele acordo que acaba de ser cumprido, ou pelo
menos parte do acordo que está cumprido com esse aumento de quatorze por cento.
É
uma vergonha, mas eu vou deixar para uma outra oportunidade, porque estamos
recebendo hoje aqui, Ver. Pedro Américo Leal, que é um dos Vereadores que mais
aborda esse assunto, os funcionários da FEBEM. Funcionários ligados àquela casa
de jovens-adultos, que são as casas que abrigam as pessoas que têm de 18 a 21
anos. Então, Ver. Pedro Américo Leal, eles cuidam da população da FEBEM mais
perigosa, que são os que de têm de 18 a 21 anos, porque, de acordo com as
pesquisas que V. Exa. conhece, as pessoas que mais perigo oferecem à sociedade
são aqueles marginais que se situam nessa faixa de idade. E essa população que
está na FEBEM, é exatamente a que essas pessoas de lá cuidam. (Palmas.)
Imagine,
Ver. Pedro Américo Leal, que, de uma hora para outra, a Administração Petista
neste Estado chegou para essas pessoas e, sem que fossem avisadas - uma traição
absoluta! -, afastaram-nas do trabalho. Quando chegaram ao seu posto de
trabalho, sem a menor explicação, lá estavam os soldados da Brigada Militar,
enviados pelo PT, para tomar o lugar dos funcionários. E, pior do que isso, os
diretores da FEBEM foram para os meios de comunicação e disseram que as falhas
da FEBEM, os problemas daquela Fundação eram criados por esses funcionários. E
quero que V. Exas olhem bem: as moças e os rapazes que aqui estão foram
chamados, pelos diretores da FEBEM, nomeados pelo PT, de torturadores. Dizem
que as coisas lá não dão certo porque estes que estão aqui são torturadores
daqueles que têm entre 18 e 21 anos. É o máximo da periculosidade! Eles estão,
simplesmente, sendo punidos e ridicularizados diante da sociedade. Estão,
praticamente, em perigo de perder os seus postos de emprego, porque o PT tem a
mania de culpar os outros por suas falhas, nunca assume as responsabilidades
daquilo que faz e prefere jogar a culpa nos outros. E, desta feita, as grandes
vítimas pelas falhas do Governo Petista, são os funcionários afastados de seus
postos de trabalho.
E
sabe, Ver. Pedro Américo Leal, a única coisa que eles querem e pedem é que
sejam tratados com decência pela Administração Petista, que possam voltar ao
seu trabalho, porque é o seu ganha-pão, e exercer suas funções com dignidade,
com uma política que possa ser ditada pela Administração Petista que lhes dê
condições para que o relacionamento com aquelas pessoas que lá estão possa ser
sadio para a sociedade, que possa haver alguma possibilidade de recuperação
para aqueles internos. O que lhes é dado não é nada disso; o que lhes é dado é
apenas a culpa.
O
PT, simplesmente porque não sabia em quem jogar a culpa, se na incompetência
dos seus administradores, se na incompetência de quem formula as políticas
dessa área do menor, preferiu jogar a culpa nessas vítimas.
Hoje,
essas pessoas vêm aqui e recebem a solidariedade da Bancada do PTB. A Bancada
do PTB, nesta Casa, faz questão de estar solidária com os senhores e pretende
acompanhar a causa que os senhores defendem até o final, porque, afinal de
contas, esta causa faz parte da luta pela decência dentro da sociedade.
Parabéns, aos senhores! (Palmas.) Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Pedro Américo Leal faz uma
solicitação diretamente à Mesa para um esclarecimento. Sinceramente, tenho
dúvida se é um esclarecimento, ou uma Comunicação de Liderança. Considerando a
trajetória do Vereador e a importância do tema, vou conceder o tempo ao
Vereador para que, brevemente, faça a comunicação.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL (Esclarecimento): Presidente, o tempo de Liderança do meu
Partido já foi excessivo. Gostaria de dizer, a todos que estão aqui, que estou
enviando, para toda a Câmara Federal e para todo o Senado, um estudo feito
sobre o art. 104 do Estatuto da Criança e Adolescente, onde se vai eliminar
justamente esse universo de 18 a 21 anos ficarem dentro de casa de adulto e tem
que rumar para o presídio.
O SR. PRESIDENTE: Gostaria de anunciar a presença de alguns
parlamentares: Vereadores Luizinho e Lauri Juliani, o primeiro do PDT, o
segundo do PMDB de Santo Ângelo; e o companheiro do meu Partido, da Câmara de
Vereadores de Joinville, Santa Catarina, José Evaristo Heck. Sintam-se à
vontade; esta Câmara sente-se honrada com a presença de Vossas Excelências.
O
Ver. Lauro Hagemann está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LAURO HAGEMANN: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, o
dia primeiro de outubro é emblemático para o Rio Grande do Sul - o Ver. João
Dib já se referiu. Hoje, estamos comemorando cento e quatro anos do Correio do
Povo. É uma instituição que entrou para a história deste Estado, e, sobretudo,
uma personalidade já desaparecida que mereceu, hoje, o tratamento devido, a
figura do Breno Caldas, que, por um longo período, ilustrou a cidadania
rio-grandense com o seu Correio do Povo. Quero fazer essa referência
publicamente, dirigindo-me aos velhos companheiros daquele jornal, a quem me
coube, há dez anos, ter como companheiros no Sindicato dos Jornalistas. É uma
plêiade de velhos companheiros, a quem eu dedico esta homenagem, em memória,
porque muitos deles já estão mortos.
A
segunda parte do meu discurso é referente ao Ver. Reginaldo Pujol, que hoje
comemora sessenta anos. Não é todo o dia que se faz sessenta anos; eu já passei
por esse pedaço. Mas o Ver. Reginaldo Pujol merece o nosso respeito, admiração
e os votos de muita saúde, muita tranqüilidade e de muita convivência fraterna.
Ele que deu um exemplo disso pelos sessenta anos de convivência na presidência
da Comissão Especial que tratou do Plano Diretor. Muitos dos avanços que
conseguimos nesse processo foram graças ao esforço do Ver. Reginaldo Pujol. Com
sua habilidade e com seu maneirismo, ele conseguiu eliminar certas arestas e
chegamos a um bom termo. Estamos terminando de votar o Plano Diretor de Porto
Alegre.
Essas
referências eram necessárias porque hoje se comemora o Dia do Vereador. E nós
estamos assistindo, na Casa, aqui ao lado, o XI Congresso dos Servidores de
Câmara Municipais do Estado com interessantes palestras de conferencistas que
vieram de outros lugares do País para falar sobre temas específicos de funcionários
de câmaras municipais. Esses funcionários que nós estamos acostumados a ter
todos os dias entre nós, muitas vezes não têm reconhecida a sua intervenção no
processo legislativo. Mas é graças a esses funcionários que as Câmaras
continuam funcionando. Os Vereadores são eventuais; muitos dos funcionários
permanecem. Este é o registro que faço nesta manhã, Senhoras e Senhores
Vereadores, e também saudando os visitantes, que vieram, no legítimo direito,
reivindicar aquelas coisas que eles julgam que foram feitas erradas para com
eles. Nós estamos solidários com todos. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Presidente da Casa, Ver. Nereu D’Ávila,
está com a palavra, neste momento, para uma Comunicação de Líder, pela Bancada
do PDT.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras; Senhores Visitantes; Senhores e Senhoras da Imprensa; Funcionários.
Advogado que sou, estudei, na Faculdade de Direito, capítulos concernentes à
ética e à política, assim como todos os demais advogados .
Aqueles
que, mais tarde, vicejaram no campo da participação política, nos âmbitos
estadual, municipal e federal, também têm, muitas vezes, de enfrentar esta
dicotomia: a ética e a política. Só não pensava eu que fosse vítima desta dicotomia.
Apresentei um Projeto de Lei nesta Casa, em fins de maio, começo de junho, a
respeito das frentes de trabalho, até em parceria com a Força Sindical do Rio
Grande do Sul, uma unidade sindical do Rio Grande do Sul, evidentemente não
trazendo nenhuma novidade que fosse considerada não tocada, ainda, no País - em
São Paulo, essas frentes de trabalho, conforme as redes de televisão deram
ampla publicidade, já estão vigorando.
No
recesso de julho, saiu uma notícia nos jornais de que a Prefeitura - portanto,
dois meses após eu ter protocolado o Projeto -, pensava, também, nesta
situação, o que é um direito dela. Fui instado, então, pela Força Sindical,
pelos líderes que me procuraram, inclusive, quando tive o privilégio de assumir
por dois dias a Prefeitura, foram lá mais de cinqüenta pessoas, e depois, aqui,
no meu gabinete, a apressar o Projeto. Esse apressamento foi criticado
duramente, nesta tribuna, pelo Ver. João Dib, em cima do art. 81, mas é
previsível. Porém, o Ver. João Dib, inconformado, profligou com vigor a
aplicação do art. 81 em cima do Projeto. Mas, hoje, ele vai entender o porquê
que aquilo foi feito. Foi votado, por unanimidade, na sexta-feira passada. Aí,
vem a dicotomia ética e política.
Fui
procurado pelo Líder do PT, Ver. Guilherme Barbosa, antes da votação, pois o
Executivo estava telefonando, solicitando que não fosse votado o Projeto.
Respondi que, naquele momento, no meio da votação, não havia condições - até
porque a Câmara estava lotada - de consultar todas as Lideranças sobre a possibilidade
de não votar, e, mesmo, eu não via razão, já que estava tramitando há mais de
três meses nesta Casa, para, naquele momento, truncar a votação. Então, o Sr.
Líder do Governo perguntou-me se eu concordava em ir, ou sexta - hoje - ou
segunda-feira, à Prefeitura para dialogar sobre o Projeto apresentado pela
Prefeitura. Respondi que não haveria problema. Durante esta semana, o Líder
disse-me que era melhor que fosse segunda ou terça-feira para falar sobre o
Projeto. É evidente que falar sobre o Projeto com o Executivo representou, para
mim, que poderia ser considerado o meu, porque ir lá só para ler o da
Prefeitura, não teria sentido. O que aconteceu? Os jornais de hoje, tanto o
Correio do Povo como a Zero Hora, anunciam, em manchete, que o Projeto está
sendo aplicado pela Prefeitura, através da FESC e da SMIC, em cima de cem
trabalhadores de rua. Não estou entrando no mérito, penso que é bom o que vai
ser apresentado pela Prefeitura; o que é ruim, e que me trouxe à tribuna em
Comunicação de Líder, não usufruindo do privilégio da Presidência, permitido
pelo Líder da Bancada, Ver. Isaac Ainhorn, é que houve falta de ética, sim, do
Executivo em relação a este Vereador, porque se era para apresentar o Projeto
do Executivo, então que não tentasse o diálogo conosco, porque o nosso foi
votado por unanimidade nesta Casa. Poder-se-ia ter, pelo menos, a decência, a
honradez, a ética de perguntar se poderia colocar do nosso, no Projeto, e lá
não consta, que tivesse seguro contra acidentes de trabalho para esses miseráveis
que vão receber cem reais.
Um
diálogo não é para se tomar conhecimento do que está do lado de lá, mas é para
tentar entrosar os dois lados. Lamentei profundamente essa falta de ética do
Executivo Municipal e, tenho certeza de que o Sr. Líder do PT e a sua Bancada
estão constrangidos, porque laboraram no vácuo, no espaço, sem nenhum efeito
prático.
Lamento
que a Prefeitura, novamente, numa atitude, absolutamente antiética, em relação
ao que estava sendo encaminhado, tenha publicizado esse Projeto de frentes de
trabalho desconsiderando, totalmente, não só este Vereador, mas esta Casa, que
aprovou, por unanimidade, o Projeto proposto, não somente por mim, mas por
diversas Lideranças inspiradas na Força Sindical. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pelo PSDB.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu quero
me somar às palavras do Ver. João Dib e as do Ver. Lauro Hagemann quanto à homenagem
ao Dr. Breno Caldas, cuja passagem dos dez anos de falecimento é lembrada nesta
data e, ao mesmo tempo, o aniversário do Correio do Povo. Todos nós que
convivemos com Breno Caldas temos, de modo particular e coletivo, formal,
institucional, alguma coisa de dívida e alguma coisa de respeito para com ele.
Quero,
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, embora com a ausência parcial da Bancada do
PT, fazer um registro que pensei que jamais teria de fazê-lo; um registro que
me deixa profundamente entristecido, mas que precisa ser feito. Registro, aqui,
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, uma das atitudes que me parece das mais
autoritárias e mais fascistas já praticadas por uma administração, e muito
especialmente pela Secretária do Município de Porto Alegre na área da Cultura,
Secretária Margarete Moraes. Tenho aqui fax de um programa impresso, e gostaria
que o Ver. Guilherme Barbosa pudesse atentar a essa situação, de um Projeto
chamado “Artistas da Vida”, que se inicia no dia 4 de outubro, com diferentes
depoimentos de intelectuais e artistas de Porto Alegre. Fui procurado, por
telefone, por Liana Timm e Clara Pechanski no sentido de que participasse desse
Projeto. Imediatamente aceitei o convite, e o programa impresso e distribuído
previa que, no dia 11 de outubro, a partir das 20h, haveria um encontro
denominado “Pescando as Palavras”, com a participação da jornalista Tânia
Carvalho, da atriz Ida Celina e do jornalista Antonio Hohlfeldt. Está aqui o
fax, a cópia do programa impresso. Surpreendentemente, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, ontem, passou a ser distribuído um outro programa; e, no dia 11 de
outubro, na sessão das 20h, participam Tânia Carvalho, Ida Celina e Flávio
Oliveira, compositor. Nada contra Flávio Oliveira, nada contra, sobretudo, a
qualidade e história de Flávio Oliveira na substituição deste jornalista.
Agora, a substituição de Antonio Hohlfeldt por Flávio Oliveira, obviamente, não
tem outro adjetivo senão o de fascismo cultural. Não é a primeira vez, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Desde que a Secretária Margarete Moraes assumiu a
Secretaria, na Gestão Tarso Genro, fui afastado de todo e qualquer projeto na
área da literatura. Desde a Administração Raul Pont, embora eu seja o único
jornalista que atue como crítico de teatro nesta Cidade, fui afastado do júri
teatral, que todo o ano julga os prêmios Açorianos e Tibicuera de espetáculos
de teatro desta Cidade. Nunca pedi e não pretendo pedir agora, mas acho que
essa prática de excluir as pessoas que pensam diferente não passa de um
lamentável e grosseiro tipo de comportamento que só no fascismo nós
encontramos. Nem mesmo no período ditatorial nesta Cidade enfrentei essa
situação.
Acrescento
outro exemplo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Nesta semana, foi distribuído
o romance do Juremir Machado da Silva, jornalista e professor universitário da
PUC, intitulado “Fronteiras” que, inclusive, já está tendo repercussão no
centro do País pela sua qualidade. O livro foi editado pela Sulina, sendo
entregue às livrarias pelos representantes da Livraria e Editora Sulina, mas
teve negada a sua colocação na livraria da Usina do Gasômetro, quando o
responsável pela Usina, que é um espaço público, taxativamente expressou ao
representante da Editora: “O Juremir é contra o PT, aqui não tem lugar para o
livro dele.” - textual e taxativo. Uma posição semelhante, infelizmente, foi
repetida na livraria do escritor Arnaldo Campos, no antigo Campus da UFRGS, na
Faculdade de Filosofia. O jornalista Juremir Machado da Silva ousa fazer a
crítica do PT, e seu livro é proibido de ser vendido nos espaços públicos da
Prefeitura ou, então, em lugares onde as pessoas sejam vinculadas ou
simpatizantes à Prefeitura Municipal. Essa é a liberdade e a democracia que
prega e diferente pratica o PT. Infelizmente, a prova está aqui.
Isso
é lamentável e triste; eu preferiria, realmente, não ter que fazer este
registro na tribuna, mas são sobre essas coisas que não se pode calar, para que
não se repitam, não comigo, porque eu não preciso, mas com outros que,
eventualmente, estão sendo colocados à margem de um processo cultural, porque
ousam pensar diferente do PT. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Ávila): Desejo complementar o que já foi feito
pelo nobre 1º Vice-Presidente Juarez Pinheiro. O cartão já foi entregue ao
nobre Ver. Reginaldo Pujol por ele hoje completar seis décadas bem-vividas.
Saudamos o nobre Vereador, nosso colega, que presta, há muitos anos, serviços a
Porto Alegre, em diversas partes da história da Cidade. O Ver. Reginaldo Pujol
está completando, hoje, a data redonda, que não é a terceira idade, porque a
longevidade no Rio Grande do Sul é de 150 anos, graças a Deus!
A
Vera. Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, queria saudar, de uma forma especial, a presença dos funcionários
da FEBEM que se encontram nesta Casa trazendo até nosso Plenário os graves
problemas que vivem naquela Instituição.
Queria,
assim como os Vereadores que me antecederam, neste espaço de Comunicação de
Líder, do meu Partido, o PMDB - e tenho certeza de que falo também em nome do
Ver. Fernando Záchia - saudar a data de hoje, quando se comemora o aniversário
do Correio do Povo, um órgão de imprensa tão importante na nossa sociedade.
Queria
também dar os nossos parabéns pelo aniversário do Ver. Reginaldo Pujol e a
todos os Vereadores, porque hoje é o Dia do Vereador. Hoje, já tivemos uma
homenagem prestada pela Vera. Teresa Franco, que saudou a todos em nome da Bancada
feminina.
Eu
queria retomar o tema colocado nesta tribuna, trazido por vários Vereadores e
que já tem sido preocupação de várias Bancadas em plenárias anteriores, que é a
grave situação que vive hoje a FEBEM no Rio Grande do Sul.
É
verdade que sabemos que FEBEMs, em vários Estados, vivem hoje, também,
situações extremamente conflitantes, extremamente conflitadas. Porém, a nossa
responsabilidade mais específica é em relação à FEBEM do Rio Grande do Sul,
porque nós, enquanto Vereadores, sempre tivemos a postura de acompanhar, em
vários Governos, a situação da FEBEM. O que nos preocupa, particularmente,
neste momento, é que as crises das FEBEMs têm sido utilizadas como uma
tentativa de retrocesso em relação a uma legislação que foi conquistada pela
sociedade, que é o Estatuto da Criança e do Adolescente, - o ECA. Acho que é
importante discutir-se o ECA e, talvez até, sugerir-se modificações, no sentido
de aprimorá-lo e não no sentido de retrocedermos nas conquista que conseguimos
com essa legislação.
Nós
temos recebido em nossos gabinetes, todos os Vereadores, vários e vários
monitores, especificamente, além de outros funcionários da FEBEM, que exigem
nosso posicionamento com relação à situação de pressão que vêm sofrendo, hoje,
por parte da Direção da FEBEM.
A
ausência de uma política explícita de modificação da situação da FEBEM, pela
sua Direção, nos indica que não temos, a curto prazo, ou a médio prazo, uma
solução para as perdas que têm tido os funcionários e que têm sido perdas da
proposta sócio-educativa, que tem que ser a base de uma Instituição da FEBEM.
As
versões oficiais que saem sobre a situação da FEBEM não coincidem com os dramas
que são trazidos pelos funcionários nos nossos gabinetes. As Audiências
Públicas feitas na Assembléia Legislativa, na Comissão dos Direitos Humanos,
que contaram com a presença maciça dos Cargos em Comissão da FEBEM,
evidentemente, não têm possibilitado a expressão do pensamento e da situação
dos funcionários que lá se encontram.
É
preciso que criemos mecanismos para ultrapassar as versões oficiais que têm
nítido caráter político para a realidade do cotidiano que hoje vivem as
crianças infratoras que estão na FEBEM e os funcionários que lá trabalham. Este
ano, inclusive, houve a morte de um funcionário público monitor que atendia
naquela Instituição.
A
presença da Brigada Militar, tão criticada no passado, e que hoje está na
FEBEM, sabemos que naquele momento
houve uma necessidade, mas não pode se perpetuar como política pública na área
de uma instituição de defesa da criança. Com essa dicotomia cresce a
possibilidade de novos confrontos, de novas fugas e de novas mortes.
Para
concluir, quero lembrar que o Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Ver.
Hélio Corbellini, anunciou dessa tribuna uma reunião da Comissão, para tratar
desse tema, o que acho extremamente pertinente. Quero sugerir também que nós
retornemos à FEBEM, numa visita à FEBEM dos Vereadores que têm interesse em
acompanhar de perto essa problemática, para que possamos ter uma avaliação a
partir de uma visita concreta e a partir de um contato com a direção da FEBEM,
e também, mais do que com a direção da FEBEM, com os funcionários que lá
trabalham. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Hélio Corbellini está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. HÉLIO CORBELLINI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Ver.
Reginaldo Pujol, receba os parabéns da Bancada Socialista. Os socialistas e os
liberais sociais mostraram, nesses últimos tempos, que é possível criar e fazer
para Porto Alegre um projeto melhor. Parabéns da nossa Bancada pelos sessenta
anos de V. Exa., como também os nossos parabéns ao Correio do Povo por seu
aniversário.
Quero
também falar sobre essa questão da FEBEM. Hoje cedo, pela manhã, alguns
funcionários da FEBEM procuraram o meu gabinete mostrando essa realidade que
está aí, com mais um dado, mais uma denúncia na Comissão de Direitos Humanos. É
o fato de estarem afastados de suas atividades por que lá estão os policiais
militares. Isso é lesivo a um direito: o direito ao trabalho. Nós vamos
averiguar, porque esses funcionários, pela lei, fizeram os concursos e estão
aptos a desenvolver aquela atividade, e apesar disso, estão sendo cerceados.
Mas, não era isso. Nós
sempre nos negamos a ver um mundo onde existe um Deus e existe um diabo; nós
sempre nos negamos a ver um mundo onde só está o bem contra o mal, a verdade
contra a mentira, conforme o momento. Está acontecendo uma coisa interessante:
os que hoje acusam, ontem defendiam; aqueles que ontem defendiam, hoje estão
acusando. Lembro-me de, no ano passado, ter participado, a convite de uma
Vereadora, de um ato a favor dos senhores funcionários da FEBEM, lá na frente
da FEBEM, onde foi realizado um ato religioso, onde se acenderam velas, onde se
cantou, porque os senhores estavam sendo marginalizados pela Instituição.
Agora, hoje, viram-se os lados: quem ontem fez aquilo, hoje os critica; quem
hoje os defende, ontem os criticava. Eu me nego a ver este mundo assim!
Mas,
como Presidente da Comissão de Direitos Humanos, em nome de meu Líder, em nome
do Partido Socialista Brasileiro, reconhecemos as dificuldades que existem na
nossa realidade em relação à criança, ao adolescente, ao jovem infrator. Nós,
aqui, sempre vimos - no ano passado e este ano - dizendo que o primeiro ato que
qualquer governo teria de fazer, naquela estrutura física, seria passar uma
patrola para que se construíssem prédios adequados, para que as pessoas
pudessem desempenhar - no caso, os senhores funcionários - as suas atividades
de acordo com o ECA, por mais que se defenda o ECA, se não aplicarmos aquilo
que está lá, nós nunca vamos saber se ele, na verdade, funciona. E seus
inimigos sempre terão as bandeiras contra ele para tentar tirar essa Lei que é
a melhor Lei que se fez no Brasil até hoje sobre a criança, o adolescente e o
jovem infrator.
A
incapacidade dos governos de resolver os problemas e não colocar essas
prioridades emergentes é um fato. E nós, como militantes dos Direitos Humanos,
não podemo-nos calar.
O
meu partido é do Governo do Estado, eu defendo o Governo do Estado, mas acho
que estamos, sim, falhando nisso. Nós vamos, Vera.. Clênia Maranhão, como na
outra vez, quando fui convidado por uma Vereadora que era oposição - visitar a
FEBEM, novamente, com a Comissão dos Direitos Humanos lá, para, de alguma
forma, fazermos reflexões com aquela casa, ajudando e auxiliando todas as
partes a resolver o problema, porque o bem maior é a criança, o adolescente e o
menor infrator. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, quero fazer um registro
que considero da mais alta relevância. Ontem assisti à entrega, por parte do
Sr. Prefeito, para V. Exa., do Orçamento para o ano 2000.
Eu
alertava que, no horizonte, as nuvens cinzentas do IPTU estavam, realmente,
dissipadas. Por isso, quero alertar que ontem não vi que entrasse, na Câmara,
nenhum projeto tributário.
A
Lei de Diretrizes Orçamentárias determina, no seu artigo 17, que até o dia 30
de setembro deverá ser entregue, juntamente com o Orçamento, a alteração
tributária. Ontem não presenciei isso; e o Sr. Prefeito não contestou quando eu
disse que as nuvens estavam dissipadas.
Hoje
os jornais me deixam intranqüilo.
O SR. PRESIDENTE: Mas veio e, a bem da verdade, já que V.
Exa. falou para o Presidente, naquele ato não constou, mas eu assinei um recibo
e depois estava incluído e, hoje de manhã, aqui foi apregoado algo referente,
que até agora eu confesso que não coloquei os olhos, parece que a valorização
dos imóveis ou a reavaliação do valor venal dos imóveis, mas realmente ainda
não li o Projeto. De qualquer maneira fica registrado que esteve.
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicação de Líder, pelo PT.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Nessa
tarefa de responder às críticas aos nossos Governos, que também faz parte aqui
do nosso desempenho de mandato, quero, em primeiro lugar, comentar a fala do
Sr. Presidente, que atuou aqui na tribuna enquanto Vereador da Casa, Ver. Nereu
D’Ávila, referente ao Projeto da Frente de Trabalho. O próprio Ver. Nereu
D’Ávila afirmou que a Prefeitura já vinha trabalhando nesse sentido desde a
metade do ano e estudando de que maneira implementar isso, porque é um assunto
complexo, tem a ver com as possibilidades concretas do desempenho do trabalho;
tem a ver se haverá ou não relações trabalhistas e como é que isso se
desenvolve; tem a ver com o nível de remuneração, etc. No nosso ponto de vista,
como está colocado na notícia, não seria suficiente apenas trabalhar com uma
frente de trabalho num certo período. Nós tínhamos que nos esforçar no sentido
da recuperação dessas pessoas que hoje são marginalizadas, desempregadas, nesse
universo, principalmente nesse universo que para nós é o mais excluído da
sociedade. Portanto, um trabalho complexo e um estudo também complexo.
Na
sexta-feira, na perspectiva da votação do Projeto, de fato, procurei o Ver.
Nereu D’Ávila e disse: “Olhe, nós gostaríamos que fosse suspensa por uma
Sessão, duas Sessões, a votação do Projeto”, para nós podermos conversar sobre
ele, porque o Projeto de autoria do Ver. Nereu D’Ávila tem um pecado original
muito forte: ele é absolutamente inconstitucional. Mas nós concordamos, como
foi dito desta tribuna, com o mérito do Projeto e propusemos que fosse suspensa
a votação dele por uma Sessão. O Ver. Nereu D’ Ávila não aceitou a proposta em
face até mesmo da divulgação de que haveria votação naquele dia.
Nós
fomos ao voto. Pelo mérito, nós votamos a favor do Projeto, mas ficou combinado
que, logo em seguida, o Ver. Nereu D’Ávila seria convidado para um contato com
o Executivo, o que foi providenciado: já na segunda-feira passada, do Gabinete
do Prefeito me pediram para acertar uma data com o Ver. Nereu D’Ávila propondo
o encontro hoje, sexta-feira, às 17h ou, ou na segunda-feira. Depois, refez,
propondo na terça-feira. O Vereador não deu resposta até hoje. Eu poderia
queixar-me disso, mas fica mantido o convite, Ver. Nereu D’Ávila. O Projeto
está divulgado, mas ainda não foi implementado. A implementação se dará,
conforme divulgado, no dia 18 de outubro. Portanto, nós ainda podemos fazer
alguma modificação que essa conversa possa trazer.
No
nosso ponto-de-vista, não há nenhuma questão ética a envolver esse Projeto. No
fundo, o que importa é que a Prefeitura de Porto Alegre comece a implementar -
o que seria o centro do Projeto - uma frente de trabalho nesta Cidade,
considerando como projeto-piloto, porque ele atinge uma população para quem é
muito difícil conseguir trabalho por ser composta de pessoas sem qualificação
profissional. Nós vamos ter de analisar essa situação, mas o importante é que
se comece a implementar, em Porto Alegre, uma frente de trabalho.
Outro
aspecto de debate nesta tribuna foi a questão da FEBEM. Sobre isso falou, um
pouco, o Ver. Hélio Corbellini, mas nós queremos dizer que não aceitamos o que
foi dito sobre o nosso lado. A Vereadora Clênia, quando faz críticas, o faz com
razão e num nível político alto, mas não lembra que, no ano passado, três
adolescentes morreram, num só dia, na FEBEM. Isso tem que ser lembrado: num dia
só, morreram três adolescentes dentro da FEBEM, no Governo Antônio Britto:
queimados!
Eu
tenho dito que nós não mudamos a nossa posição. Nós estamos, a nossa Bancada
está constrangida com a presença da Brigada Militar na FEBEM. A lógica do
trabalho da FEBEM tem que ser outra, tem que ser a de recuperar as crianças e
os adolescentes delinqüentes. E a presença da Brigada Militar não tem nada a
ver porque ela é treinada para a repressão, este é o papel da Brigada.
Portanto,
na FEBEM, a presença da Brigada Militar deve ser, exclusivamente, para apagar o
incêndio. E que saia o mais rápido possível, para que o trabalho seja
desenvolvido pelos monitores que são treinados, são qualificados para isso.
Esta é a posição da Bancada e, tenho certeza, do nosso Partido, e nós já
estamos pedindo reunião com a Direção da FEBEM para que seja este o caminho,
que a Brigada saia o mais rápido possível. Garantida a segurança das crianças e
dos adolescentes, garantida a segurança do corpo funcional, que ela saia imediatamente,
porque o trabalho de recuperação tem que ser feito por aquelas pessoas
concursadas e treinadas para isso. Esta é nossa posição, não só discurso, é uma
situação de apagar incêndio, mas queremos que saia o mais rápido possível.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Reginaldo Pujol, em
Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, impõem
regras, até de convívio, que as minhas primeiras palavras se dirijam à V. Exa.
e aos colegas que, carinhosamente, gizaram o meu ingresso na terceira idade.
Fico
mais responsável a partir do dia de hoje? É uma indagação que se faz. Penso que
não, Vera. Sônia Santos, a gente continua aprendendo com o correr dos tempos.
Mas, há alguma coisa que aprendi nesses sessenta anos de vida: diferenciar a
prática, a realidade, da teoria e do projeto.
Hoje,
ouvi o inflamado discurso do Presidente Nereu D’Ávila, justamente indignado
porque com toda a sua experiência e vivência parlamentar, ele, num rasgo de
espírito público, ingenuamente, acreditou que um trabalho que vem realizando
nos últimos tempos, estivesse sendo compreendido na dimensão ampla, que merecia
ser conhecido. Afinal, há situações em que ninguém tem direito de se apropriar,
como se fossem exclusividade de uma ou de outra corrente política, e dentro
dessas duas situações o combate à pobreza e ao desemprego incluem-se numa
situação muito especial.
O
Presidente do Congresso Nacional, Senador Antônio Carlos Magalhães, tem sido,
muitas vezes, duramente criticado, quando dizem que ele acordou tarde demais
para reconhecer a pobreza existente neste País, e a se engajar numa luta no
sentido de mobilizar recursos públicos, destinados a amenizar essa situação tão
gritante no País. O desemprego é uma situação que não é nenhum privilégio do
nosso País, já que a revolução tecnológica dos últimos anos do milênio tem
provocado distúrbios no Primeiro Mundo, e com muito mais força no mundo em
desenvolvimento.
Todo
esse contexto determina que essa situação de se organizar frentes de trabalho
como medidas emergenciais não sejam usadas apenas simbolicamente. É preciso
existir o engajamento de toda a sociedade para que isso ocorra de forma mais
intensa, como, aliás, propunha o Ver. Nereu D’Ávila, quando subscreveu uma
proposta que lhe foi encaminhada pela Força Sindical do Rio Grande do Sul, que
buscava atingir esse objetivo.
Fico,
agora, mais tranqüilo para me manifestar, porque as galerias estão esvaziadas,
não estando mais presentes os funcionários da FEBEM, e não é a eles que me
dirijo, mas dirijo-me à consciência crítica da Casa, à proposta da Vera. Clênia
Maranhão, no sentido de que esta Casa se faça presente na FEBEM para se buscar in loco informações reais sobre a
situação alarmante em que ela se encontra; proposta essa que tem a nossa maior
simpatia. Eu diria ao Ver. Hélio Corbellini, que, como Presidente da Comissão
de Direitos Humanos, já assumiu o encargo de encaminhar esse processo, que eu
serei companheiro para acompanhá-los nessa jornada e que apenas propunha uma
coisa: que não anunciássemos a data dessa visita, que procurássemos evitar,
tanto quanto possível, divulgação sobre esse ato da Câmara Municipal, não que
eu seja avesso à divulgação, o que eu não quero é que a posição da Câmara
Municipal, proposta pela Vera. Clênia Maranhão, agasalhada pelo Ver. Hélio
Corbellini, possa ser entendida como lance de marketing político. É preciso que nós estejamos muito atentos a
essa situação, porque como eu disse, Ver. Nereu D’ Ávila, no início do meu
pronunciamento, eu já tenho idade suficiente para saber a diferença da teoria e
da prática.
Vejo
muitas pessoas que no passado, de forma dura, rude, intensa, criticaram desse
jeito os governos, que em situações similares buscavam a Brigada Militar para
auxiliar na debelação de crises nas nossas penitenciárias, agora, entenderem
que a presença da Brigada Militar no estabelecimento da FEBEM, contrariando
todos os dispositivos de lei, o Estatuto da Criança e do Adolescente, é, na
versão mais soft , uma “operação
apaga incêndio”. Vamos cuidar que ao apagar o incêndio a gente não assopre
brasas capazes de manter o que, hoje, é uma crise tida como passageira, numa
situação que se transforma, ao longo do tempo, numa permanente situação de
transtorno social, envolvendo crianças, adolescentes, menores infratores,
envolvendo enfim, situações, Ver. Antonio Hohlfeldt, que V. Exa. explicava tão
bem aqui, no tempo em que o PSDB tinha o comando da FEBEM e que procurava fazer
uma modificação nos conceitos de atuação naquela ordem, e aquela senhora, Dona
Maria Josefina, se não me falha a memória, era duramente criticada e
completamente incompreendida. Vejo, lamentavelmente, que os grandes críticos da
atuação do Governo Antônio Britto, na área do menor, do adolescente, hoje,
lamentavelmente, Ver. Guilherme Barbosa, no momento em que estão sendo testados
na sua competência de solucionar, de encarar, de enfrentar esses problemas, não
estão oferecendo nada que possa ser entendido como uma contribuição para a
adequação da situação. Muito antes pelo contrário, agrava-se a situação.
Eu
lamento dizer que a presença da Brigada Militar na Instituição da Fundação
Estadual do Bem Estar do Menor é um violento retrocesso, nem como “operação
apaga incêndio” eu consigo entender. Muito obrigado
(Não
revisto pelo orador. )
O SR. PRESIDENTE: Quero fazer chegar ao conhecimento dos
Vereadores que havia uma sugestão, da nossa parte, para que o Plenário, hoje,
continuasse a votação do Plano Diretor, eis que estamos em um ritmo que não é o
que esperávamos. Mas, surgiu um problema de ordem regimental: há um Veto
Parcial ao Projeto de Lei do Executivo, que dispõe sobre as diretrizes na
elaboração das leis orçamentárias para o exercício econômico financeiro do ano
2000. Houve Veto Parcial e esse Projeto, se não for votado hoje, interromperá,
a partir de segunda-feira, todas as demais matérias, o que também se traduzirá
em um empecilho para a votação do Plano Diretor, não sendo bom para nós.
Apelo
aos Srs. Vereadores para passarmos de imediato à Ordem do Dia, a fim de
enfrentarmos o Projeto vetado, porque segunda-feira temos que continuar com o
Plano Diretor.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Colaborando com o apelo
de V. Exa., havendo acordo, eu abro mão da minha inscrição.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
o entendimento com a Liderança do PT é que saltaríamos a discussão de Pauta,
não a passaríamos sem discussão. Sem discussão eu não aceito, porque há
Projetos importantes a serem discutidos. Saltar e passá-los para o final
estamos de acordo, mas passar sem discutir, de maneira nenhuma.
O SR. PRESIDENTE: Vereador, confesso que falei,
ingenuamente. Eu não sabia desse acordo.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Não estou criticando V. Exa., mas, como o
Ver. Juarez Pinheiro disse que abre mão de sua inscrição, estou trazendo, à
baila que o entendimento, foi outro, com a Liderança do PT.
O SR. PRESIDENTE: Confesso que não sei de nenhum acordo.
Por favor, Ver. Guilherme Barbosa, coloque-me a par desse acordo.
O SR. GUILHERME BARBOSA (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, apenas
foi um mal-entendido. O que conversamos, de fato, foi para pularmos o período
de Pauta, ou seja, a possibilidade da discussão permanecerá na outra Sessão.
Para apressarmos o trabalho, passaríamos, imediatamente, para a Ordem do Dia,
que foi o que V. Exa., em princípio, propôs.
O SR. PRESIDENTE: Então, foi um mal-entendido.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Desejo manifestar minha contrariedade em
não correr Pauta no dia hoje, até porque, sendo hoje o Dia do Vereador, eu queria
fazer a leitura de um pequeno trecho sobre o Vereador, e o faria no período de
Pauta. Cheguei cedo para me inscrever nesse período e, mais uma vez, não haverá
a Pauta. Ela é extremamente importante para que todos os processos ocorram.
Estou preocupado, agora, em saber sobre a planta de valores que, no meu
entendimento, não pode ser analisada pela Casa.
O SR. PRESIDENTE: Com satisfação, registro a presença do
Ilustre Presidente da Câmara Municipal de Santo Ângelo, Ver. Armindo Fiorim
Zenkener, do PTB.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Questão de
Ordem): Houve a
modificação do período de Pauta? É isso?
O SR. PRESIDENTE: Vereadora, na verdade, nós apenas
pularíamos o período de Pauta, entrando na próxima Sessão, sem prejuízo, porque
fiz um apelo, no sentido de que hoje poderíamos continuar a votação do Plano
Diretor porque, no meu entendimento, não está no ritmo que eu gostaria que
estivesse. Mas, isso não será possível porque há um Veto que impedirá, a partir
de segunda-feira, toda e qualquer matéria, inclusive o Plano Diretor. Então, há
a necessidade de que enfrentemos o Veto no dia de hoje.
O
apelo que fiz foi para que passássemos, de imediato, ao Veto. Há um
entendimento, segundo os Vereadores Antonio Hohlfeldt e Guilherme Barbosa, de
não haver prejuízo no período de Pauta e, por isso, pularíamos e ganharíamos o
tempo do Veto; e, se fosse possível, até continuaríamos a Pauta ainda hoje.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: São duas questões: Não estamos votando,
neste momento, a decisão de votarmos hoje o Plano Diretor? Estou querendo um
esclarecimento de V. Exa. O que estamos votando neste momento é pularmos a
Pauta e passarmos diretamente para a Ordem do Dia para votarmos o Veto? Está
incluído nesta proposta, neste momento, a questão da votação, hoje, do Plano
Diretor?
O SR. PRESIDENTE: Não está, porque são 11h07min, e vai
haver discussões sobre o Veto, e na Sessão de hoje não está obrigatoriamente
incluída a apreciação do Plano Diretor. Só o seria por consenso dos Vereadores.
Eu propus, agora, porque sei que não há consenso, e o horário certamente não
permitirá.
Em
votação o Requerimento de inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Senhores
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. João Dib.
Havendo
quórum, passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1837/99- VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 009/99, que dispõe sobre as diretrizes para a
elaboração das Leis Orçamentárias para o exercício econômico-financeiro de 2000
e dá outras providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela manutenção do Veto Parcial;
- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela manutenção do Veto Parcial.
Observações:
- para aprovação, maioria absoluta de
votos favoráveis dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na
apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM - aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO -
rejeita o Projeto, aceita o Veto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 009/99, com Veto
Parcial a ele aposto. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação. O
Ver. João Dib está com a palavra, para encaminhar.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quando
eu manifestava a minha contrariedade em razão da retirada da Pauta do dia de
hoje, eu dizia que eu queria falar sobre o Dia Nacional do Vereador, criado
pela Lei 7.212, de 20 de julho de 1984. “Cargo antiquíssimo na história de
Portugal, é existente no Brasil desde a eleição da Câmara de São Vicente, em
São Paulo. Definição em 1813: Membro do Conselho ou da Câmara Municipal, tem a
seu cargo coisas da polícia, como os consertos de estradas, abundância dos
mantimentos e, talvez, o varejo mercantil.” A origem etimológica de Vereador
começa na palavra latina vereda, que
procede de veredu, cavalo de viagem;
de vereda veio vereia, vereação, vereador. Vereador é aquele que põe os negócios
públicos no caminho certo. Vou repetir: Vereador é aquele que põe os negócios
públicos no caminho certo. Em primeiro de outubro de 1828 era regulamentada a
estrutura municipal. As Câmaras passavam à entidades meramente administrativas,
sem poderes políticos. As Câmaras administraram Porto Alegre até o ano de 1892,
quando foi escolhido o primeiro Intendente para Porto Alegre. Lê-se: “Vereador
é aquele que põe os negócios públicos no caminho certo.”
Quando
propus a isonomia, e o Prefeito a vetou, eu não estava falando na Emenda
Constitucional nº 19, que terminou com a isonomia entre os Poderes
Legislativos, Executivo e Judiciário, não, estava falando nisso. Dizia que a
Lei Orgânica Municipal, em seu art. 34, diz: estabelecida a isonomia, não
poderá mais ser alterada sem que se altere todo o quadro. O art. 31 da Lei
Orgânica diz, com toda a clareza, que “todos os salários da Prefeitura são,
isonomicamente,” aí é que foi estabelecida a isonomia, “a partir do salário
básico por coeficiente conhecido”. O que fez a Prefeitura na Administração do
Partido dos Trabalhadores, que diz na sua “bíblia”, na “bíblia Petista” que não
se deve fazer esse tipo de coisa: aquinhoar os que ganham mais em detrimento
dos que ganham menos. A Administração do Partido dos Trabalhadores aquinhoou
vários dos que ganhavam mais. Ninguém ganha muito bem na Prefeitura, mas ganham
muito melhor do que aqueles que estão lá na base da pirâmide, que são
esmagados, como diz a “bíblia” da Prefeitura. Então, a Prefeitura fez isso:
melhorou os Procuradores, melhorou os Agentes Fiscais, melhorou os
Técnicos-Científicos, mas os lá de baixo, a base da pirâmide, foram esmagados.
A
Lei Orgânica é clara no seu art. 34, e cada um desses Vereadores que estão
aqui, juntamente com S. Exa., o Sr. Prefeito, no dia 1º de janeiro de 1997,
nesta tribuna, disseram: “Eu prometo”, ou seja, eu prometo cumprir a Lei
Orgânica, a Constituição do Brasil, do Estado e todas as Leis. É por isso que
eu propunha, com tranqüilidade, a isonomia. Eu não sou analfabeto, sei ler e
escrever, aprendi muito cedo. Como também o art. 17 da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, que hoje está sendo discutido o Veto, depois que o Prefeito
entrou ontem com a sua proposta de Orçamento.
O
art. 17 diz que as modificações tributárias devem ocorrer juntamente com o
Projeto de Orçamento e a Planta de Valores não está na matéria que entrou ontem
às 15h15min. O Projeto de Lei que aí está não contempla a Planta de Valores; o
Projeto de Lei diz que aqueles que tiverem valor venal acima do valor comercial
podem reclamar; tão-somente isso. Claro que eu terei que examinar com muito
mais cuidado, mas acho que as nuvens do IPTU, se os Vereadores lembrarem do
juramento que fizeram, estão afastadas.
Espero
que o Veto do Prefeito, quanto à isonomia, caia, porque eu estou falando na
isonomia que está escrita na Lei Orgânica e é do salário dos municipários lá na
Administração Centralizada. Saúde e paz. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a
palavra para encaminhar o PLE nº 09/99 com Veto Parcial.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, lendo o
Veto Parcial, um dos itens é relativo a ação direta de inconstitucionalidade
sobre a criação do Fundo Municipal de Crédito Educativo, que é de iniciativa privativa
do Poder Público e fonte de custeio sem explicitação; inconstitucionalidade
formal e material. Esse assunto diversas e diversas vezes já tivemos a
oportunidade de discutir, aqui, nesta casa. E continuo com a mesma convicção. A
própria legislação já diz que o ensino superior não é da alçada específica do
Município. O Município tem que zelar, cuidar e observar do ensino fundamental,
mas, ao mesmo tempo, também sabemos que o Município pode e, no nosso
entendimento, deve, criar mecanismos para ajudar no sentido de que essa nossa
população carente consiga, que pelo menos algumas pessoas possam ter acesso ao
ensino superior. Essa discussão da criação de um Fundo Educacional para o
amparo a pessoas que chegam e têm o acesso ao ensino superior, será altamente
rentável.
É
inadmissível pensarmos que a população do nosso País, a população empobrecida,
cada vez mais tenha dificuldade em ter acesso ao 3º Grau. O nosso entendimento
é bem claro: o Município pode, sim, fazer, mesmo que de maneira tímida,
pequenas ações para promover o ensino de 3º Grau em nosso Município. Por isso,
entendemos, claramente, que somos contrários à questão do Veto, especificamente
nesse artigo do crédito educativo. É uma das matérias que sistematicamente
volta e é discutida nesta Casa. Mas, voltamos a colocar, a população do Brasil,
em que raríssimas pessoas conseguem fazer o ensino médio, sabemos das
dificuldades para chegar ao 3º Grau, via ensino público. Sabemos que inúmeros
Municípios do nosso Estado e do Brasil proporcionam, de maneiras diferenciadas,
o acesso e a facilitação dos alunos ao ingresso do 3º Grau. E é isso que
achamos importante. Cada Município, dentro de sua ótica e de sua
disponibilidade - há Municípios próximos da Região Metropolitana que não têm um
crédito educativo municipal, mas o Sr. Prefeito entende que é importante para o
seu Município que seus filhos tenham acesso ao 3º Grau, - o que fazem?
Disponibilizam às vezes ônibus, disponibilizam pequenos tipos de bolsas para
auxílio, fazem convênios com empresas criando determinados incentivos para que
seus funcionários possam ter acesso ao 3º Grau. E entendemos que Porto Alegre
não pode ficar de costas para aquelas pessoas que queiram ter o acesso ao 3º
Grau. No nosso entendimento, é um direito de todo o cidadão buscar a melhoria
da qualidade de sua vida através da educação. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Obrigado, Ver. Carlos Alberto Garcia. As
Bancadas que ainda não encaminharam a apreciação desse Veto, por gentileza o
façam.
(Aparte
anti-regimental.)
São
somente encaminhamentos, Ver. João Carlos Nedel, porque nós já passamos da fase
de discussão.
(Aparte
anti-regimental.)
É
em bloco porque não foi destacado, teria que ser destacado o período de
discussão. São dois dispositivos vetados e a única possibilidade de destaque é
durante o período de discussão. Solicito ao Ver. Paulo Brum que assuma a
direção dos trabalhos para que eu possa encaminhar em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra
para encaminhar.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, por solicitação do meu Líder de Bancada, Ver. Guilherme Barbosa, eu
encaminho, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, à apreciação, por
parte desta Casa, o presente Veto.
Quero
chamar a atenção, preliminarmente, para o fato de que, sobre as matérias
aprovadas, nós estamos aqui apreciando apenas o Veto a dois dispositivos, e eu
entendo que isso, inclusive, deva ser um recorde, porque apenas dois
dispositivos que foram colocados na proposta de Lei Orçamentária foram vetados
pelo Sr. Prefeito Municipal. São dois dispositivos, um deles de matéria de
autoria do Presidente da Casa, Ver. Nereu D’Ávila, e o outro de autoria do Ver.
João Dib.
A
matéria do Ver. Nereu D’Ávila foi colocada nessa discussão por iniciativa do
Ver. João Carlos Nedel, e trata da questão do FUNCRED. O FUNCRED, diga-se de
passagem, foi uma discussão importante colocada para nós todos pelo Ver. Nereu
D’Ávila. Desde o início assinalávamos que a lei tinha uma série de problemas
porque deveria ter sido lei complementar e foi lei ordinária, ela dispunha
sobre remuneração, dispunha sobre funcionários públicos. Mas a iniciativa que
se constituiu em lei foi, depois, vetada pelo Poder Executivo e agora,
finalmente, apreciada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul,
obteve uma votação para a qual sequer cabe recurso; na fase inicial da
apreciação teve uma liminar contrária e na apreciação também do mérito, por
parte da câmara responsável, houve uma votação unânime no sentido da
inconstitucionalidade da lei, de iniciativa do Ver. Nereu D’Ávila. Mas isso foi
o menos importante. O Ver. Nereu D’Ávila trouxe para esta Casa, com a lei que
conseguiu aprovar, uma discussão importante sobre a questão do ensino e o
custeio para as pessoas carentes, do curso de nível superior. A discussão
política ficou mantida, independentemente da decisão judicial que foi tomada.
A
questão da isonomia é uma questão importante e um debate de fundo. Ver. Cláudio
Sebenelo, temos, neste momento, realizando-se no Salão Glênio Peres, por
iniciativa do SINDICÂMARA, uma discussão sobre a Reforma Administrativa, que,
sabemos, foi uma reforma imposta por organismos internacionais ao nosso País.
Nesse sentido uma série de direitos dos trabalhadores foi retirada e a outras
questões foi dada uma nova interpretação. A questão da isonomia, que era um
princípio constitucional assegurado na Carta Magna, foi retirada do seu art.
39; foi dada uma nova redação pelo Governo Federal, e os congressistas
concordaram com isso, no sentido de retirar da legislação pátria e da Lei Maior
a questão da isonomia.
Não
temos - nós, do Partido dos Trabalhadores, e, acredito, todos os Vereadores
desta Casa - oposição à questão da isonomia; temos respeito aos direitos dos
trabalhadores, independentemente da Bancada que venhamos a compor. Faço um
elogio ao Deputado Federal Jarbas Limas, que votou contrariamente a essas
modificações, um dos maiores homens públicos deste País que pertence à Bancada
do Ver. João Dib. Mas, majoritariamente, o PPB votou contra a isonomia no
Congresso Nacional e, com isso, impossibilitou que tantos os Estados como os
Municípios venham escrever a questão da isonomia em suas cartas magnas ou nas
leis complementares.
Portanto,
Srs. Vereadores, este Veto recebeu de todas as Comissões o apelo pela
manutenção. Por uma questão meramente jurídica e não por um questão material,
solicitamos que os Srs. Vereadores votem pela manutenção do Veto aposto pelo
Sr. Prefeito que se refere a apenas a dois dispositivos das Emendas aprovadas
por este Parlamento. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Passo a Presidência dos trabalhos ao Ver.
Juarez Pinheiro.
O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Em votação nominal PLE nº 09/99 com Veto
Parcial. (Pausa.) Salientamos que, na apreciação do Veto, se vota o Projeto;
“sim”, aprova o Projeto e rejeita o Veto; “não”, rejeita o Projeto e aceita o
Veto. Para a derrubada do Veto, são necessários 17 votos. (Após a apuração
nominal.) REJEITADO, por 13 votos SIM, 12 NÃO, o Projeto e mantido o Veto Parcial, pois não foi atingida
maioria absoluta dos votos.
O SR. GUILHERME BARBOSA (Requerimento): Sr. Presidente, em conversa com outras
Lideranças, eu gostaria de propor ao Plenário a seguinte seqüência de Projetos.
Passarei à leitura das respectivas páginas: 38 (PLL nº 097/99), 40 (PR nº
20/99), 42 (PR nº 29/99), 19 (PLL nº 135/97), 25 (PLL nº 154/98), 26 (PLL nº
158/98), 32 (PLL nº 46/99), 34 (PLE nº 007/99), 37 (PLL nº 090/99) e 39 (PR nº
41/98).
O
Ver. Carlos Alberto Garcia propõe um acréscimo ao Requerimento para que, após
votarmos o Projeto da página 42 (PR nº 29/99), seja votado o Projeto da página
39 (PR nº 41/99).
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver.
Guilherme Barbosa, com o adendo feito neste momento. Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa). APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2097/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 097/99, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que concede o título honorífico de
Cidadã de Porto Alegre à Senhora Lya Luft.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLL nº 097/99. O Ver.
Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores.
Quero
ser extremamente breve, para que possamos agilizar o nosso trabalho
legislativo. Falar em Lya Luft por cinco minutos, por certo seria muito pouco
tempo.
Há
vários Vereadores aqui que não só conhecem como são amigos de Lya Luft. Eu
poderia citar o Ver. Pedro Américo Leal, o Ver. Cláudio Sebenelo e, por certo,
por ser colega, também o Ver. Antonio Hohlfeldt. Chego a dizer até que é
desnecessário falar sobre Lya Luft.
Lya
Luft é uma mulher engajada, não tem o engajamento político-partidário, ela tem
engajamento na luta da mulher. Os seus livros - e são tantos - têm sempre o
traço forte da mulher que não abre mão de seus direitos. É esse o sentido da
homenagem que nós fazemos a uma das maiores escritoras que este Estado já
produziu. Lya Luft, que foi esposa do inesquecível professor Celso Pedro Luft,
também Cidadão de Porto Alegre, é oriunda da cidade de Santa Cruz e já foi
patronesse da Feira do Livro. Entre tantas de suas obras, destaco algumas -
talvez a principal, As Parceiras - e, por último, seus dois últimos livros:
Secreta Mirada e Ponto Cego. Com esta pequena observação, quero dizer que me
sinto extremamente honrado em homenagear uma das maiores escritoras que este
Estado já teve conhecimento. Lya Luft merece a homenagem, merece ser Cidadã de
Porto Alegre. Solicito, que de forma unânime, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, nos acompanhem nesta votação. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal o PLL nº 097/99.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 26 votos SIM.
O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Queremos anunciar a presença, nesta Casa,
do ex-Deputado Estadual Silvino Reck.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1375/99 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 020/99, de autoria da Mesa Diretora, que concede o título honorífico de Cidadão Integração de Porto
Alegre ao professor Yukio Moriguchi. (co-autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt)
Observação:
- dispensado de Parecer nos termos do
art. 102, § 4º, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº
020/99. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. O Ver. Antonio Hohlfeldt
está com a palavra para encaminhar.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, os
Vereadores João Dib e Lauro Hagemann pediram-me que fizesse, também, esta
manifestação em nome do PPB e PPS, o que faço com muito prazer.
Talvez
fosse dispensável fazer este encaminhamento, mas quero deixar registrado nos
Anais o agradecimento pessoal aos Vereadores integrantes da Mesa que precisavam
subscrever esta proposta apresentada de homenagem ao Professor e Dr. Yukio
Moriguchi.
Yukio
Moriguchi é natural do Japão. Em determinado momento da sua carreira já realizada,
já absolutamente reconhecida no seu país natal, em visita a Porto Alegre, em
visita a Pontifícia Universidade Católica, decidiu tomar a iniciativa de um
projeto de cooperação internacional na área da saúde, no seu campo de
especialização que é a Geriatria e a Gerontologia.
Então,
de comum acordo, mobilizando esforços do governo japonês, da medicina japonesa,
e aqui através do Governo do Estado e da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul, criou o primeiro Curso de Geriatria e de Gerontologia.
Desenvolveu depois espaços e pesquisas junto ao Hospital São Lucas e hoje a
PUC, no início do ano, acaba de ter oficializado, reconhecido e aprovado, pela
CAPES, CNPq e Ministério de Educação, o Curso de Doutorado na área de Geriatria
e de Gerontologia.
O
Dr. Moriguchi é absolutamente avesso a homenagens, a aparecer em rádios,
televisão, enfim toda essa vida social, mais do que isso, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, de uma certa maneira, ainda deixa o seu filho, que é hoje o Diretor
da Faculdade, na continuação do seu trabalho, não satisfeito de ele próprio ter
deixado a sua terra, a sua família, seus parentes, seus amigos, ter se mudado
de armas e bagagens para Porto Alegre, também seu filho, hoje, já tendo
constituído família aqui na nossa Cidade, respondendo pela Direção do Hospital
e do Curso de Doutorado, é quem continua esse projeto.
Porto
Alegre é hoje referência internacional, Porto Alegre é hoje a referência
obrigatória em termos de América Latina nos cursos de Geriatria e Gerontologia.
Porto Alegre, através do Dr. Yukio Moriguchi, é que desenvolve, por exemplo, os
estudos sobre longevidade, que tem se registrado no Município de Veranópolis,
considerado o Município de maior longevidade dos seus habitantes em todo o
Brasil. Nós temos hoje pesquisas de ponta nesse campo, justamente devido ao Dr.
Moriguchi.
Por
isso optamos, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, com a vênia da Mesa Diretora e
temos certeza agora com a vênia deste Plenário, em fazer esta homenagem, um
Projeto de título de Cidadão Integração, que foi uma iniciativa que tivemos há
alguns anos atrás para homenagearmos o então Cônsul de Espanha que tem,
igualmente, uma contribuição muito importante na integração entre a Espanha e o
Brasil, através da Cidade de Porto Alegre e aqui é a segunda vez ou terceira
vez, posteriormente o Ver. Isaac Ainhorn também prestou uma homenagem a uma
outra autoridade, que nós estamos aqui então reconhecendo e homenageando o Dr.
Yukio Moriguchi, que nos parece absolutamente devido esse reconhecimento por
tudo o que ele fez por Porto Alegre, pelo Rio Grande do Sul e pelo País. Eu
diria que, na verdade, também pelo próprio Continente Latino-Americano e
sobretudo por aqueles que nós designamos genericamente de terceira idade, mas o
reconhecimento da qualidade de vida daqueles que passam dos cinqüenta, sessenta
anos e, evidentemente, me lembra aqui o Ver. Pedro Américo Leal, é inclusive um
resultado de um trabalho, na época desenvolvido pelo então Irmão Otão que
respondia pela Reitoria da PUC.
Quero,
portanto, deixar aqui o registro e, de público, o agradecimento que nós podemos
fazer a este cidadão, eu diria cidadão do mundo, e dizer, sobretudo que é o
momento oportuno desta Casa, através deste título, desta homenagem, registrar,
de público, em nome dos cidadãos da Cidade, o reconhecimento e a dívida que
temos com o Dr. Yukio Moriguchi. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Eu preciso dizer que o Ver. Cláudio
Sebenelo solicitou a este 1º Vice-Presidente que a intervenção do Ver. Antonio
Hohlfeldt fosse feita como autor da matéria, e que ele o fizesse em nome da
Bancada do PSDB. Como, porém, a competência material é do Ver. Antonio
Hohlfeldt, mas, regimentalmente, a proposta teve de ser feita pela Mesa
Diretora, eu não tenho como conceder a palavra ao Ver. Cláudio Sebenelo, que,
além de colega, é amigo pessoal do homenageado. Só por esse motivo, Ver.
Cláudio Sebenelo; de uma forma indireta, V. Exa. está homenageando o Prof.
Moriguchi.
O
Ver. Reginaldo Pujol, aniversariante do dia, está com a palavra para
encaminhar.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, hoje
pela manhã, ouvindo a Rádio Guaíba, como faço diariamente, eu tive a
oportunidade de ouvir uma entrevista feita pelo jornalista Flávio Alcaraz Gomes
com o novo, já estou dizendo novo porque, indiscutivelmente...
(Aparte
anti-regimental de alguns Vereadores.)
Não
é? Ah, é o filho? Como se diz que “o fruto não cai longe da árvore”, eu ouvi o
filho, e nós vamos homenagear o pai. É que o filho falou exatamente sobre os
temas que estão sendo objeto de consideração ao ser dada a homenagem, requerida
pela Mesa, por incitação, digamos assim, do Ver. Antonio Hohlfeldt, temas que,
positivamente, provocaram esta homenagem.
Naturalmente,
Sr. Presidente, eu me encontro, hoje, muito predisposto a homenagear pessoas
que procuram criar condições objetivas para que as pessoas vivam a terceira
idade com dignidade, sobretudo de uma forma objetiva, transformando úteis esses
anos de vida que, até bem pouco tempo, segundo consta, eram anos em que todo o
cidadão, após completar sessenta anos de idade, botava o pijama, se recolhia, e
ia para casa. Não aceito essa hipótese. No que me diz respeito, evidentemente,
isso me deixa numa situação tranqüila para participar dessa homenagem de corpo
e alma.
A
concessão do título de Cidadão Integração de Porto Alegre ao Prof. Yukio
Moriguchi é, sem dúvida, muito apropriada, especialmente na data que ocorre,
não só pelas circunstâncias de que nós estamos, hoje, ingressando na terceira
idade, mas já anteriormente promovemos uma homenagem à Diretora dos Cursos da
Universidade da Terceira Idade, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
ela é cidadã de Porto Alegre por nossa iniciativa.
O
dia de hoje se presta a este tipo de homenagem, o Ver. João Dib, inclusive, já
assinalou que o nosso glorioso Correio do Povo completa 104 anos de existência.
É um dos jornais de maior longevidade neste País, com momentos difíceis que
enfrentou e superou, e, provavelmente, as técnicas do nosso homenageado foram,
em termos empresariais, utilizadas pelo Dr. Renato e pelo Carlinhos na condução
do nosso Correio do Povo.
Hoje,
que é o dia de homenagem aos velhinhos, sinto-me homenageado, podendo
acompanhar a Casa numa homenagem que a sensibilidade do Ver. Antonio Hohlfeldt,
que está longe a se credenciar a este tipo de homenagem pela idade, não pelas
qualidades pessoais que lhe sobram, ele teve a sensibilidade de permitir à Casa
que confirme, hoje, como certamente confirmarão pela unanimidade, a homenagem
por ele proposta, através da Mesa, ao Prof. Yukio Moriguchi. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Projeto de Resolução nº
020/99 - Processo nº 1375/99, de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2133/99 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 029/99, de autoria do Ver. Gilberto Batista, que confere ao cantor e instrumentista Heber Frós – Gaúcho da
Fronteira – o prêmio artístico Lupicínio Rodrigues.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº
029/99 - Processo nº 2133/99, de autoria do Ver. Gilberto Batista. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO,
por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2653/98 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 041/98, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha à Professora
Vandir Ordovás Lopes.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº
41/98 - Processo nº 2653/98, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. O Ver. Carlos Alberto Garcia, autor da
proposição, está com a palavra para encaminhar.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a
concessão do Prêmio de Educação Thereza Noronha à Profa. Vandir Ordovás Lopes,
destina-se a homenagear a professora pelos relevantes serviços prestados em
prol da educação.
A
Profa. Vandir Ordovás Lopes é formada em Filosofia, com Licenciatura Plena,
pela UFRGS; fez Curso de Pós-Graduação em Administração, na UNISINOS; teve a
oportunidade de ser a primeira Diretora do Colégio São Francisco, e, durante
muitos anos, foi Presidenta da Associação dos Administradores Educacionais do
Rio Grande do Sul; foi Conselheira do CPERS, e hoje é a Presidenta da
Associação Solar do Professor Gaúcho, e, ainda, integra o Clube do Professor
Gaúcho, como membro do Conselho. É uma pessoa que por mais de quarenta anos
dedicou a sua vida em função da educação. E quando se fala em Vandir Ordovás
Lopes, o Prêmio de Educação Thereza Noronha tudo tem a ver com essa pessoa.
Por
isso, solicitamos aos colegas Vereadores a aprovação desse título a essa pessoa
que dedicou e continua dedicando toda sua vida em prol da educação do Município
do Estado e do Brasil. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para encaminhar.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quando
se vota Projeto de Resolução que concede à Professora Vandir Ordovás Lopes o
Prêmio de Educação Thereza Noronha, eu me sinto no dever de vir à tribuna em
face da circunstância de que em um determinado momento esse Projeto esteve
comigo por algum tempo, em função de que estava tramitando na Casa uma idêntica
proposição, com objetivo igual ao pretendido pelo Ver. Carlos Alberto Garcia,
envolvendo a Profa. Lourdes Peretti, e tive alguma dificuldade em aceitar uma
decisão da Presidência no que diz respeito à preferência determinada pela
anuidade na concessão do prêmio. Isso não impediu, Sr. Presidente, que em
agosto deste ano eu tivesse colocado, de forma muito sintética, porém
esclarecedora, no meu parecer da Comissão de Constituição e Justiça, não só a
nossa concordância, como também a legalidade de toda proposição do Ver. Carlos
Alberto Garcia, que objetiva homenagear uma educadora que tem todas as
qualificações pessoais para merecer esse prêmio.
Então,
impõe-se, por um dever de justiça, Ver. Carlos Alberto Garcia, já que V. Exa
madrugou, até mesmo no desarquivamento desse processo que se encontrava
arquivado em função do término do ano legislativo de 1998, e muito cedo o
qualificou para receber a votação da Casa, que eu o cumprimente pela
diligência, pelo acerto da escolha, e que renove minha manifestação de madrugar
no ano 2000 no sentido de que o nosso Projeto, que se encontra sobrestado na
Casa, receba a tramitação e o encaminhamento adequado, para que possa cumprir a
finalidade que busquei ao ingressar com ele na Casa.
Isso
tudo tem o sentido de enaltecer a diligência com que o Ver. Carlos Alberto
Garcia sempre trabalha nesta Casa e o acerto da indicação que fez, que se impõe
a todos nós como justa, como qualificadora, como merecedora e, sobretudo, como
adequada à Professora Vandir Ordovás Lopes, pelo trabalho que realizou e
realiza ao longo de toda sua vida. Quero estar com V. Exa., Ver. Carlos Alberto
Garcia, no dia festivo em que a Casa confirmar a decisão, certamente unânime,
que haveremos de tomar em breves minutos. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PR nº 041/98. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2354/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 135/97, de autoria do Ver. Cyro Martini, que denomina Rua Alberto Moraes um
logradouro público localizado no Bairro Belém Novo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do
Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 135/97. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
3067/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 154/98, de autoria da Ver.ª Maria do Rosário, que denomina Rua Encruzilhada do Sul
um logradouro público localizado no Bairro Nonoai. (desarquivado a requerimento
do Ver. Cyro Martini)
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Guilherme Barbosa: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Décio Schauren: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 154/98, Proc. nº
3067/98. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1528/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 046/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Sampaulo um
logradouro irregular localizado no Bairro Protásio Alves. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
- da CECE. Relator Ver. Gilberto Batista: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 046/99, Proc. nº
1528/99. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Em
votação a Emenda nº 1, ao PLL nº 046/99. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA
por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1628/99 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 007/99, que declara de utilidade pública o Clube
de Mães da Vila União.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 007/99, Proc. nº
1628/99. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
O SR. CYRO MARTINI (Questão de ordem): Sr. Presidente, na relação dos Projetos,
houve, de parte da Presidência, talvez uma falha, pois na página 26 há um
Projeto que estava também relacionado.
O SR. PRESIDENTE: A folha 26 é uma proposição, de autoria
da Ver. Maria do Rosário, que foi desarquivada por V. Exa. Eu coloquei em
votação. Esse Projeto foi aprovado.
Vamos
verificar a folha 25. Procede a Questão de Ordem do Ver. Cyro Martini. Havia
colocado o Processo da folha 26, e a observação do Ver. João Dib me fez
incorrer em erro. Não está votado, realmente, Vereador. A seguir, o faremos.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
3129/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 158/98, de autoria da Ver.ª Maria do Rosário, que denomina Rua São Silvestre um
logradouro público localizado no Bairro Nonoai. (desarquivado a pedido do Ver.
Cyro Martini)
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Décio Schauren: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Gilberto Batista: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 158/98, Proc. nº
3129/98. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2048/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 090/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Monsenhor Zeno Marques
um logradouro público localizado no Bairro Farrapos.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Antônio Losada: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Gilberto Batista: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão PLL nº 090/99, Proc. nº
2048/99. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 090/99. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Eu
vou pedir a atenção dos Srs. Vereadores, porque há um Requerimento, de autoria
do Ver. Guilherme Barbosa, que está regendo as nossas votações. Mas há, também,
dois Requerimentos que se referem a homenagens durante o mês de outubro. Então,
eu solicito aos Srs. Vereadores que a Mesa, tão logo sejam votadas as
proposições, possa colocar em votação esses dois Requerimentos.
Todas
as proposições já foram votadas. Ver. Guilherme Barbosa, V. Exa. quer requerer
a apreciação dos Requerimentos?
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, em contato com as
Lideranças presentes no Plenário, estamos de acordo com a votação dos dois
Requerimentos.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento que solicita
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(Obs.:
Foram aprovados os Requerimentos constantes na Ata.)
O SR. GUILHERME BARBOSA (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro que façamos a
discussão, porque não seria votação, hoje, do Projeto de Emenda à Lei Orgânica
nº 003/99, do Projeto de Resolução nº 026/99 e Projeto de Resolução nº 041/99.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver.
Guilherme Barbosa. (Pausa) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
1948/99 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 003/99, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que altera o art. 91 da Lei Orgânica
do Município de Porto Alegre. (Substituição do Prefeito.)
Parecer:
- da Comissão Especial: Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- discussão geral nos
termos do art. 130, § 1º, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 003/99. Não havendo quem queira discutir, encerrada a discussão.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
1793/99 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 026/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que altera o Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre,
incluindo § 2º no Art. 152 e renumerando o Parágrafo único para § 1º. Com Emendas nºs 01 a 05. (inscrição na
Pauta)
Parecer:
- da Comissão Especial. Relator Ver. Gilberto Batista: pela aprovação do
Projeto e das Emendas nºs 01 a 05.
Observação:
- discussão geral nos termos do art. 126,
§ 1º, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº
026/99. Não havendo quem queira discutir, encerrada a discussão.
O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Sr. Presidente, como estamos fazendo com
que os Projetos possam ter um andamento normal, requeiro que o Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 002/99 também entre na ordem de votação.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Luiz
Braz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
2476/99 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 041/99, de autoria da Mesa Diretora, que altera os artigos 201 a 205 do Regimento da Câmara Municipal
de Porto Alegre.(Tribuna Popular)
Observações:
- discussão geral nos termos do art. 126,
§ 1º, do Regimento da CMPA;
- dispensado de Parecer
nos termos do art. 102, § 4º do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº
041/99. Não havendo quem queira discutir, encerrada a discussão
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Eu gostaria que fosse incluído, como
prioridade, o resultado de uma negociação entre as Bancadas: o PLL nº 067/99.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. João
Carlos Nedel. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
1863/99 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/99, de autoria do Ver. Luiz Braz, que acrescenta § 2º ao art. 90 da Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre. (obrigatoriedade de encaminhamento, ao
Legislativo, pelo Prefeito empossado, de documento contendo promessas de
campanha)
Parecer:
- da Comissão Especial: Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela aprovação
do projeto.
Observação:
- discussão geral nos termos do art. 130
e seus §§, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PELO nº 002/99. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, está encerrada a primeira discussão geral.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1730/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 067/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Luiz Arcari um
logradouro público localizado no Bairro Jardim São Pedro.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Antonio Hohlfeltdt: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela rejeição do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, IV, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 067/99. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, passamos a votação. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sras.
e Srs. Vereadores, existe mais uma matéria. Eu solicito uma votação nominal,
porque tenho que anular a votação anterior, porque se trata de um caso
diferente: o último Requerimento formulado por V. Exa. era de apreciação de
matéria de alteração da denominação de logradouro, sendo assim, há necessidade
de aprovação por dois terços dos Vereadores. Primeiramente, anulo a votação.
Verifico que não temos quórum para dar continuidade à votação, precisaríamos da
presença de vinte e dois Vereadores.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, não temos vinte e dois
Vereadores presentes, mas temos dezessete, como não podemos votar por não
termos vinte e dois está correto.
O SR. PRESIDENTE: Estão encerrados os trabalhos da
presentes Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 12h17min.)
* * * * *